Acne na mulher adulta e seus tratamentos

Autores

  • Marcela Borem

Resumo

Diante da crescente preocupação estética vista recentemente na sociedade, os cuidados com a saúde e beleza da pele tem se tornado alvo de busca de muitas pessoas e, nesse contexto, a acne é uma das principais doenças as que preocupam. Cada vez mais pesquisas mostram um aumento nos casos de acne feminina adulta, quadro que gera desconforto e afeta, sobretudo, a autoestima das pacientes acometidas, tanto pela disfunção estética causada pelas lesões,  quanto pela ocorrência de cicatrizes póstumas. Portanto, consideramos relevante estudar como essa patogenia se desenvolve e como tratá-la, de forma que amenize o mal-estar e melhore a qualidade de vida da pessoa acometida, tendo como objetivo desta pesquisa descrever tratamentos/cosméticos indicados para acne na mulher adulta. Trata-se de uma pesquisa descritiva de natureza qualitativa a partir de estudos bibliográficos, que contam artigos e textos científicos com foco na análise de resultados de estudos anteriores que seguiram argumentação teórica. Observou-se uma grande variedade de técnicas e métodos de tratamento que apresentam bons resultados, e a determinação do protocolo a ser aplicado se dá de acordo com o grau de acometimento e o diagnóstico clínico. A partir desses resultados podemos concluir que em sua maioria, os casos de acne na mulher adulta são tratados com base no reequilíbrio hormonal, minimizando os impactos causados pela sensibilidade aos andrógenos circulantes.

Referências

Abraham, W. et al. Acne e Doenças afins. In: Azulay, R.D.; Azulay, D.R.; Abulafia, L. Dermatologia. 5ed. Cap. 29. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 2008. p.466-475.

Addor FA, Schalka S. Acne da mulher adulta: aspectos epidemiológicos, diagnósticos e terapeûticos. An Bras Dermatol. 2014;85(6):789–795

Araujo, Larissa; Brito, Josy Quélvia Alves. Uso do Peeling Químico no Tratamento da Acne Grau II: Revisão Sistemática. Id on Line Multidisciplinary and Psycology Journal , [S. l.], p. 100-115, 10 maio 2017.

Alexis C. Perkins, Jessica Maglione, Greg G. Hillebrand, Kukizo Miyamoto, and Alexa B. Kimball. Journal of Women's Health. Feb 2012.223-230.

Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. Tradução de Luís Antero Reto e Augusto Pinheiro. Edição revista e ampliada. São Paulo: Edições 70.

Brenner, Fabiane Mulinari. (2006). Acne: Um Tratamento para Cada Paciente. Rev. Ciênc. Méd, Campinas, p.257-266, maio.

Borges, F.S. (2010). Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. 2ed. São Paulo: Phorte editora.

Carvalho A, Mourão A, Assunção C, Fonseca C, Gama D, Oliveira L (1998). Acne: prevalência e factores associados. Patient Care. Edição Portuguesa. 2010. Fev;15(156):59-65.

Cunliffe WJ, Simpson NB. (1998). Disorders of the sebaceous glands. In: Champion RH, Burton JL, Burns DA, Breathnach SM, eds. Rook, Wilkinson, Ebling: Textbook of dermatology. Oxford: Blackwell Science, 1998:1940-82.

Cunliffe W.J., & Holland K.T. (1989). Clinical and laboratory studies on treatment with 20% azelaic acid cream for acne. Acta Derm-Venereol Suppl (Stockh). 1989; 143: 31-34

Cunliffe WJ. (1998). The sebaceous gland and acne – 40 years on. Dermatology. 1998;196(1):9–15.

Dréno B, Layton A, & Zouboulis, C.C. (2013). Adult female acne: a new paradigm. J Eur Acad Dermatol Venereol. 2013;27(9):1063–1070.

Downie M, Guy R, & Kealey T. (2004). Advances in sebaceous gland research: potential new approaches to acne management. Int J Cos Sci. 2004.

Downing DT, Strauss JS, & Pochi PE. (1969). Variability in the chemical composition of human skin surface lipids. J Invest Dermatol 1969;53:322-7.

Dumont-Wallon G, & Dréno B. (2008). Acné de la femme de plus de 25 ans: spécifique par sa clinique et les facteurs favorisants [Specificity of acne in women older than 25 years] Presse Med. 2008;37(4):585–591. French.

Feldman S, Careccia RE, Barham KL, & Hancox J. (2014). Diagnosis and treatment of acne. Am Fam Physician. 2004 May; 69(9):2123-2130

Fernandes, A. M., Bruchêz, A., d'Ávila, A. A. F., Castilhos, N. C., & Olea, P. M. (2018). Metodologia de pesquisa de dissertações sobre inovação: Análise bibliométrica. Desafio Online, 6(1).

Figueiredo A, Massa A, Picoto A, Soares AP, Basto AS, & Lopes C. (2011). Avaliação e tratamento do doente com acne – Parte I: Epidemiologia, etiopatogenia, clínica, classificação, impacto psicossocial, mitos e realidades, diagnóstico diferencial e estudos complementares. Rev Port Clin Geral. 2011 Jan-Feb;27:59-65.

Figueiredo, A., Massa, A., & Picoto, A. (2011). Avaliação e tratamento do doente com acne - ParteII. Revista Portuguesa de Clínica Geral, 27(1), pp.66-76.

Figueiredo, A., Massa A, Picoto A, Soares AP, Basto AS, & Lopes C. (2011). Avaliação e tratamento do doente com acne – Parte II: Tratamento tópico, sistémico e cirúrgico, tratamento da acne na grávida, algoritmo terapêutico. Rev Port Clin Geral. 2011 Jan-Feb;27:66-76.

Fitzpatrick, T.B. (1995). Pathophysiology of hypermelanosis. Clin Drug Invest. 1995; 10 (Suppl 2): 17-26

Goulden V, Mcgeown CH, & Cunliffe. WJ. (1999). The familial risk of adult acne: a comparison between first-degree relatives of affected and unaffected individuals. Br J Dermatol. 1999;141:297±300

Guy R, & Kealey T. (1998). The organ-mantained human sebaceous gland. Dermatol 1998;196:16-20.

Hassun, Marques. (2000). Acne etiopatogênia. Rio de Janeiro, v.75, n° 1, jan./fev.2000.

Jeremy AH, Holland DB, Roberts SG, Thomson KF, & Cunliffe WJ. (2003). Inflammatory events are involved in acne lesion initiation. J Invest Dermatol. 2003

Kligman, AM. (1998). The growing importance of topical retinoids in clinical dermatology: a retrospective and prospective analysis. J Am Acad Dermatol. 1998; 39(2 Pt 3):S2-7.

Lara VCD. (2008). Desenvolvimento de nanocápsulas contendo ácido retinóico para tratamento tópico da acne. [Dissertação]. Belo Horizonte: Faculdade de Farmácia, UFMG; 2008.

Layton A. (1996). Long-term safety and efficacy of oral isotretinoin in less severe acne. Retinoids Dermatol; 43:6-7.

Layton AM, Morris C, Cunliff WJ, Ingham E. (1998). Immunohistochemical investigation of evolving inflammation in lesions of acne vulgaris. Exp Dermatol.

Leonardi, G. R. (2008). Cosmetologia aplicada. 2ª Ed. São Paulo: Livraria e Editora Santa Isabel.

Leyden J. (1998) The role of isotretinoin in the treatment of acne: Personal Observations. J Am Acad Dermatol 1998; 2:45-8.

Leyden JJ, Krochmal L, & Yaroshinsky A. (2006). Two randomized, double-blind, controlled trials of 2219 subjects to compare the combination clindamycin⁄ tretinoin hydrogel with each agent alone and vehicle for the treatment of acne vulgaris. J Am Acad Dermatol;54(1):73–81.

Leyden JL., Mcginley KJ., Mills OH. (1975). Propionebacterium levels in patients with and without acne vulgaris. J Invest Dermatol; 65:382-4. 30. Cove JH, Hol

Lima, L.A.F. (2006). Acne na mulher adulta e tratamento. Revista Médica da Santa Casa de Maceió, Maceió, v.1, n.1, p. 26-29, jan. 2006.

Manfrinato, G.L. (2009). Acupuntura estética no tratamento da acne (estudo de caso). 2009. 58f. Monografia (Especialização em Acupuntura) – Instituto Brasileiro de Therapias e Ensino, Maringá, 2009.

Marks R. (2004). Acne and its management beyond the age of 35 years. Am J Clin Dermatol ;5:459-62.

Medeiros Ribeiro, Beatriz y Follador, Ivonise y Costa, Adilson y Francesconi, Fábio y Neves, Juliane Rocio y Costa Almeida, & Luiz Maurício y (2015), Acne da mulher adulta: revisão para o uso na prática clínica diária. Surgical & Cosmetic Dermatology, Vol. 7, núm.3, pp.10-19

Minayo, M. C. D. S., Figueiredo, A. E. B., & Mangas, R. M. D. N. (2019). Estudo das publicações científicas (2002-2017) sobre ideação suicida, tentativas de suicídio e autonegligência de idosos internados em Instituições de Longa Permanência. Ciência & Saúde Coletiva, 24, 1393-1404.

Monteiro EO. (2014). Revista brasileira de medicina (RBM). Out 14 V 71 n esp g4 Dermatologia & Cosmiatria., págs.: 14-24

Pimentel, A. S. (2008). Peeling, máscara e acne: seus tipos e passo a passo do tratamento estético. São Paulo: LMP; 2008. 336p.

Reingold SB, & Rosenfield RL. (1987). The relationship of mild hirsutism or acne in women to androgens. Arch Dermatol.123:209-12.

Rivera R, &Guerra A. (2009). Management of acne in women over 25 years of age. Actas Dermosifiliogr.100:33-7.

Rivitti EA, & Sampaio SAP. Dermatología. 2a. ed. São Paulo: Artes Médicas; 2000.

Rocha M, Karina Cardozo HM, Carvalho VM, & Bagatin E. (2017). ADT-G as a promising biomarker for peripheral hyperandrogenism in adult female acne. Dermatoendocrinol. Oct 13; Epub.

Silva, Ana Margarida Ferreira, Francisco Pinto da Costa, & Margarida Moreira. (2014). Acne vulgar: diagnóstico e manejo pelo médico de família e comunidade. Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade 9.30 54-63.

Shalita A. (2001). Isotretinoin Experience: 1982-2000. Isotretinoin in the 21st century, 2001

Shaw JC. (2000). Low-dose adjunctive spironolactone in the treatment of acne in women: a retrospective analysis of 85 consecutively treated patients. J Am Acad Dermatol.;43(3):498–502.

Strauss J, Krowchuck D, Leyden J, Lucky AW, Shalita AR, & Siegfried EC. (2007). Guidelines of care for acne vulgaris management. J Am Acad Dermatol. 2007 Apr;56:651-63.

Thiboutot D, Harris G, Iles V, Cimis G, Gilliland K, & Hagari S. (1995). Activity of the type 1 5 alpha-reductase exhibits regional differences in isolated sebaceous glands and whole skin. J Invest Dermatol.;105(2):209–214.

Usatine R, Quan M, & Strick R. (1999). Acne vulgar: Actualização terapêutica. Hosp Pract. 1999;3(5):13-23.

Vaz An. (2003). Acne vulgar: bases para o seu tratamento. Rev Port Clin Geral. 2003;19:561-570.

Walton S, Cunlifffe WJ, & Keczkes K. (1995). Clinical, ultrasound and hormonal markers of androgenicity in acne vulgaris. Br J Dermatol 1995;133:249-53

Walton S, Wyatt E, & Cunlifffe WJ. (1998). Genetic control of sebum excretion and acne. A twin study. Br J Dermatol 1998;18:393-6.

Webster GF. (1998). Inflammatory acne represents hypersensitivity to Propionibacterium acnes. Dermatol 1998;196:80-1.

Williams C, & Layton AM. (2006). Persistent Acne in Women: Implications for the Patient and for Therapy. Am J Clin Dermatol. 2006;7:281-290

Yarak S, Bagatin E, Hassun KM, Parada MO, & Talarico Filho S. (2005). Hiperandrogenismo e pele: síndrome do ovário policístico e resistência periférica à insulina. An Bras Dermatol. 2005;80(4):395–410. Portuguese.

Yentzer BA, Hick J, Reese EL, Uhas A, Feldman SR, & Balkrishnan R. (2014). Acne vulgaris in the United States: a descriptive epidemiology. Cutis. 2014;86(2):94–99.

Zoubolis ChC, Xia L, & Akamatsu H (1998). The human sebocyte culture model provides new insights into development and management of seborrhoea and acne. Dermatol 1998;196:21-31.

Downloads

Publicado

20/09/22