Código 31: revista de informação, comunicação e interfaces

PRÁTICAS ÉTICAS NA REVISTA KRITERION

Larissa Pena Elguy — 2025-12-17

Este artigo examina as práticas éticas da revista Kriterion, com foco nas instruções e orientações dirigidas a autores e revisores. O objetivo é avaliar em que medida o periódico explicita políticas e procedimentos de integridade científica, especialmente no enfrentamento do plágio, e como esses elementos se alinham a diretrizes reconhecidas (COPE e SciELO). Adota-se abordagem qualitativa, de caráter descritivo, estruturada em duas etapas: (i) levantamento de informações nas seções “Sobre a Revista”, “Diretrizes para Autores”, “Submissões” e “Políticas Editoriais” do portal de Periódicos da UFMG; e (ii) análise de conteúdo dessas páginas à luz da literatura sobre integridade, ética informacional e competência em informação. Os resultados indicam a presença de elementos estruturais de qualidade — avaliação dupla cega, exigência de ineditismo e critérios editoriais —, mas revelam margem para aprimoramento na explicitação pública de políticas anti-plágio (inclusive correções/retratações), no uso declarado de ferramentas de verificação de similaridade com avaliação humana criteriosa, na capacitação contínua de editores e pareceristas e em práticas de transparência (autoria e conflitos de interesse), acompanhadas de métricas editoriais. Conclui-se que o fortalecimento dessas medidas incrementa a confiabilidade do fluxo editorial, reforça a prevenção ao plágio e consolida a Kriterion como referência ética na área.

ENTRE A ACADEMIA E O MERCADO

Flávia Gonçalves Fernandes — 2025-12-17

Este artigo analisa os desafios enfrentados por professores e pesquisadores da computação na transferência de softwares acadêmicos para o setor produtivo, bem como o papel dos Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) nesse processo. Por meio de pesquisa qualitativa com revisão bibliográfica, estudo de casos e entrevistas, foram identificadas barreiras institucionais, burocráticas, culturais e técnicas que dificultam a proteção, comercialização e adoção dos softwares desenvolvidos em instituições de ciência e tecnologia (ICTs). Destacam-se a falta de políticas claras, o desconhecimento sobre propriedade intelectual, a resistência à interação universidade-empresa, a baixa maturidade tecnológica dos produtos e limitações operacionais dos NITs. O estudo aponta boas práticas e estratégias para superar esses entraves, enfatizando a importância do fortalecimento das competências em inovação, do apoio institucional e da aproximação entre academia e mercado. Os resultados contribuem para o avanço da economia circular e da inovação sustentável, alinhando a transferência tecnológica aos desafios do desenvolvimento socioeconômico.

PERCEPÇÕES DOCENTES SOBRE O USO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL GENERATIVA NO ENSINO DE ENGENHARIA

Ronara Cristina Bozi dos Reis — 2025-12-17

O avanço das tecnologias digitais tem transformado significativamente os processos de ensino e aprendizagem. A pandemia de COVID-19 acelerou essas mudanças, destacando a importância das metodologias ativas de aprendizagem, que promovem maior participação dos estudantes e são potencializadas pela inteligência artificial generativa (IAg). Essas metodologias favorecem a autonomia discente e a personalização das trajetórias de aprendizagem, alinhando-se com um entendimento sobre o papel do educador como mediador de experiências. Apesar dos avanços, o panorama educacional ainda enfrenta desafios, como a desmotivação dos estudantes e a falta de padronização no uso de ferramentas de IAg. A pesquisa exploratória realizada com docentes de uma universidade federal mineira revelou que 63% dos professores não utilizam IAg em suas disciplinas, enquanto 37% adotam essas ferramentas de forma cautelosa. Os usos mais comuns incluem apoio à elaboração de modelos matemáticos, redação de projetos e análise de dados. Os desafios incluem a falta de consenso normativo, preocupações com plágio e dependência tecnológica, e dificuldades em mensurar competências como criatividade e criticidade. A pesquisa destaca a necessidade de uma abordagem equilibrada e ética na incorporação da IAg, visando fortalecer práticas pedagógicas que promovam a formação de engenheiros autônomos, inovadores e éticos.

Anais do Integra 31-Edição 2025

Amanda Damasceno de Souza — 2025-12-17

Editorial

2025-12-17