Revista Estética em Movimento

A DRENAGEM LINFÁTICA COMO TRATAMENTO EM PACIENTE PORTADORA DE LINFEDEMA CONGÊNITO PRIMÁRIO

July Dannieli de Sousa Coelho — 2025-12-17

Introdução: Para defesa contra patógenos, o Sistema Linfático é composto por um sistema de gânglios, órgãos e vasos que percorrem todo nosso corpo, onde corre um líquido chamado linfa, que é filtrada pelos linfonodos e posteriormente devolvida à circulação sanguínea. Quando há uma irregularidade nesse sistema, ocorre uma produção de linfa maior que a drenagem orgânica natural, onde esse líquido acaba se acoplando nos membros inferiores e/ou superiores, causando um edema capaz de dificultar a locomoção corporal, além do aumento da pressão da veia e redução da pressão oncótica, esse processo saúde-doença se chama Linfedema, capaz de afetar diretamente a qualidade de vida e a autoestima de pacientes, podendo se apresentar em dois tipos: Linfedema primário congênito e secundário. Objetivo: Relatar a drenagem linfática como meio de tratamento em uma paciente diagnosticada com Linfedema Congênito Primário em membro superior esquerdo. Metodologia: Foi realizado um estudo descritivo observacional único para relatar a Drenagem Linfática Manual como tratamento em uma paciente diagnosticada com Linfedema Congênito Primário em membro superior esquerdo, através da análise dos prontuários desde a primeira sessão em 2018 até o presente ano de 2023, mostrando a evolução da patologia e do tratamento. A análise dos prontuários para construção do relato de caso foi realizada em clínica particular. Resultados: A partir do estudo de caso de paciente portadora de linfedema congênito primário foi verificado que a DLM contribui no tratamento do linfedema, mostrando a capacidade de promover benefício na saúde, qualidade de vida e melhora estética para a paciente através das técnicas utilizadas.

A INFLUÊNCIA DAS MÍDIAS SOCIAIS NO PADRÃO DE BELEZA ENTRE OS JOVENS

Ana Clara Pereira Almeida — 2025-12-17

Introdução: O presente estudo tem como tema a influência das mídias sociais na construção dos padrões de beleza entre os jovens. Objetivo: Analisar de que forma plataformas como Instagram, TikTok e YouTube impactam a autoimagem e o bem-estar psicológico dos usuários, especialmente na faixa etária de 18 a 30 anos. Metodologia: Para isso, utilizou-se uma abordagem quantitativa, por meio de pesquisa de campo com aplicação de questionário online estruturado, composto por 19 questões fechadas, além de uma revisão bibliográfica em bases acadêmicas. A amostra contou com cerca de 100 participantes. Resultados: Os principais resultados revelam que 88,3% dos respondentes acreditam que as mídias sociais exercem influência sobre si mesmos, sendo o Instagram identificado como a principal plataforma propagadora de padrões estéticos. A maioria relatou desconforto com a própria aparência, intensificado pelo uso de filtros digitais e pela comparação constante com influenciadores. Também foram destacados sentimentos de baixa autoestima, pressão estética e desejo por intervenções cirúrgicas. Conclusão: Conclui-se que o uso intensivo das redes sociais contribui para a disseminação de ideais de beleza inatingíveis, afetando diretamente a saúde mental dos jovens. Dessa forma, o estudo reforça a necessidade de estratégias educativas que promovam o uso consciente das redes, incentivem a diversidade e fortaleçam a autoestima. Recomenda-se, ainda, a realização de pesquisas qualitativas que aprofundem as experiências subjetivas dos jovens frente à pressão estética nas plataformas digitais.

ANSIEDADE E DISTÚRBIOS CAPILARES

Barbara de Medeiros Silva — 2025-12-17

Introdução: A sociedade moderna, com ritmo acelerado e exigências constantes, tem elevado a incidência de transtornos mentais (TMC) como estresse, ansiedade e depressão, prejudicando a saúde física e emocional. A alopecia areata (AA), caracterizada pela queda capilar, é frequentemente associada ao estresse emocional, afetando autoestima e identidade, especialmente entre mulheres. A pandemia de COVID-19 intensificou esses problemas, agravando a queda de cabelo e evidenciando a necessidade de compreender a relação entre saúde mental e vitalidade capilar. Objetivo: Analisar a influência da saúde mental na textura e vitalidade dos cabelos. Metodologia: Pesquisa qualitativa e exploratória, baseada em revisão bibliográfica. Foram selecionados artigos e livros dos últimos 20 anos, em português e inglês, de bases como Google Acadêmico, SciELO, BVS e PubMed, com foco na relação entre estresse, saúde mental e saúde capilar. Resultados: Dez estudos indicaram que o estresse crônico e o aumento do cortisol alteram o ciclo capilar, especialmente a fase anágena, provocando queda de cabelo. A COVID-19 agravou esse quadro ao estimular respostas inflamatórias que afetam os folículos pilosos. Intervenções psicológicas e tratamentos estéticos mostraram eficácia na recuperação capilar e no suporte emocional dos pacientes. Conclusão: A saúde mental exerce influência significativa sobre a textura e vitalidade dos cabelos. Estresse e ansiedade alteram processos fisiológicos capilares, tornando indispensável uma abordagem integrada entre estética e saúde mental para o tratamento da alopecia. Estudos multidisciplinares são recomendados para aprofundar essa compreensão e aprimorar as práticas terapêuticas. Essas evidências reforçam a importância de estratégias integradas e abordagens personalizadas para o bem-estar capilar.

DESAFIOS E OPORTUNIDADES NO TRATAMENTO DE HIPERPIGMENTAÇÃO PÓS-INFLAMATÓRIA EM PELE NEGRA

Ana Beatriz dos Santos Norberto — 2025-12-17

Introdução: A hiperpigmentação pós-inflamatória (HPI) que surge após um processo inflamatório ou lesão, é mais frequente e intensa em peles escuras, sendo uma das principais queixas de pessoas com fototipos IV a VI nos tratamentos estéticos. Apesar de sua alta incidência, ainda é pouco abordada nas áreas da dermatologia e estética, reforçando a necessidade de mais estudos sobre o tema. Objetivo: Identificar os desafios e oportunidades para uma abordagem mais eficaz, segura e inclusiva no tratamento de HPI em pele negra. Metodologia: Este trabalho consiste em uma revisão bibliográfica sobre a hiperpigmentação pós-inflamatória (HIP) em pele negra e a atuação do profissional de estética nesse contexto. Para a construção desta revisão, foram selecionados artigos científicos, livros, dissertações, teses e diretrizes de órgãos especializados na área da estética e dermatologia. As fontes de dados consultadas incluem bases de dados como: PubMed, Scielo, Google Acadêmico. Resultados: Os resultados das análises revelam que, apesar da alta prevalência da HPI em peles negras, profissionais de estética ainda enfrentam desafios devido à formação insuficiente e à escassez de protocolos específicos. A individualização do tratamento, com ativos anti-inflamatórios, despigmentantes e fotoprotetores, surge como uma oportunidade para uma abordagem mais segura e eficaz. Conclusão: A presente pesquisa contribui para a valorização da estética como campo que também promove saúde, autoestima e inclusão. Ao destacar a importância do olhar atento à diversidade racial, este estudo reforça o papel transformador do esteticista no cuidado com a pele negra.

Palavras-chave: pele negra; hiperpigmentação; pós-inflamatória; manchas; tratamento.

A CONTRIBUIÇÃO DO ESTETICISTA NA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR DE CUIDADOS PALIATIVOS ONCOLÓGICOS

Raquel Magalhães da Fonseca — 2025-12-17

Introdução: Os cuidados paliativos na oncologia visam melhorar a qualidade de vida por meio do alívio do sofrimento físico e emocional. As Práticas Integrativas e Complementares (PICs), reconhecidas pelo SUS, têm se destacado como suporte terapêutico eficaz, seguro e humanizado. A formação do esteticista, ao incorporar algumas dessas práticas, amplia sua atuação em contextos multiprofissionais, especialmente no cuidado a pacientes com câncer.Objetivo: Analisar, dentre as práticas da formação do esteticista incluídas no Plano Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) do SUS, quais são utilizadas na assistência a pacientes oncológicos em cuidados paliativos para a melhoria da qualidade de vida.Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com abordagem qualitativa e caráter exploratório. Foram selecionados 14 artigos publicados entre 2020 e 2024, nos idiomas português e inglês, nas bases PubMed, Google Acadêmico e BVS MTCI.Resultados: As práticas mais recorrentes nos estudos foram a aromaterapia, a auriculoterapia e as terapias manuais, como reflexologia, massoterapia e drenagem linfática. Os achados evidenciam benefícios relevantes na redução de sintomas físicos e emocionais, como dor, ansiedade, fadiga, distúrbios do sono, náuseas e vômitos.Conclusão: Conclui-se que o esteticista pode atuar com competência em equipes multiprofissionais de cuidados paliativos oncológicos, em contextos clínicos e hospitalares. As PICs analisadas demonstram eficácia e segurança na melhoria da qualidade de vida, ampliando as opções terapêuticas e fortalecendo uma atenção centrada no bem-estar. Contudo, a escassez de estudos que reconheçam explicitamente essa atuação evidencia a necessidade de consolidar uma base teórica que relacione os benefícios das PICs na oncologia à formação técnica do esteticista.

Palavras-chave: Cuidados Paliativos; Oncologia; Esteticista; Práticas Integrativas e Complementares; Terapias Complementares.

Editorial

2025-12-17