https://revista.fumec.br/index.php/mediacao/issue/feedRevista Mediação2025-03-11T14:50:38+00:00revistamediacao@fumec.brOpen Journal Systems<p><span data-olk-copy-source="MessageBody">A Revista Mediação tem dupla vinculação na Universidade FUMEC: cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (FCH) e Programa de Mestrado e Doutorado em Tecnologia da Informação e Comunicação e Gestão do Conhecimento da Faculdade de Ciências Empresariais (FACE). Periódico eletrônico semestral, a revista é voltada para a divulgação de trabalhos acadêmicos prioritariamente das seguintes áreas: comunicação, linguagem e semiótica, teorias e epistemologia da comunicação, estudos interdisciplinares da comunicação, comunicação e sociabilidade, comunicação, política, ética e cidadania, comunicação especializada e organizacional, jornalismo comparado, comunicação audiovisual, comunicação e multimídia, comunicação e cibercultura, comunicação e marketing, jornalismo esportivo, fotografia, cinema, videoarte, música, arte digital, web-art, inteligência artificial, publicidade. Os temas são livres, mas podemos convidar os autores à participação em dossiês temáticos, a serem divulgados amplamente.</span></p>https://revista.fumec.br/index.php/mediacao/article/view/10420AS EPISTEMOLOGIAS FEMINISTAS NO BRASIL2025-03-11T14:26:49+00:00Juliana Gobbi Bettijugobbibetti@gmail.comDebora Cristina Lopezdebora.lopez@ufop.edu.brAna Velosoanavelosoufpe@gmail.com2025-03-11T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Mediaçãohttps://revista.fumec.br/index.php/mediacao/article/view/10273Vozes em resistência2025-01-23T23:29:18+00:00Alice Oliveira de Andradealiceandrade@live.com<p>O artigo aborda a comunicação antirracista como uma ferramenta de empoderamento e ruptura de silêncios, com foco empírico no portal Blogueiras Negras. Historicamente, as mulheres negras têm enfrentado violências interseccionais, especialmente de gênero e raça, cujas raízes perpassam estereótipos e silenciamentos que desumanizam suas experiências e identidades. O Blogueiras Negras surge como um espaço de resistência e autoafirmação, permitindo que mulheres negras compartilhem suas histórias e reivindiquem o direito à palavra que lhes foi negado em tantos contextos. O projeto promove uma rede de solidariedade entre suas autoras, estimulando a troca de experiências e a expressão de suas subjetividades. Balizada pelo feminismo negro e pelo aquilombamento, a comunicação antirracista praticada nesse ambiente é essencial para a reescrita de narrativas hegemônicas, oferecendo um espaço seguro para a fala, a escrita, expressão e a reflexão crítica. Por propiciar visibilidade a vozes historicamente silenciadas, o Blogueiras Negras contribui para a caminhada rumo à igualdade de gênero e raça. Como referências centrais da discussão, trazemos Lélia González (1984; 2018), bell hooks (2023), Grada Kilomba (2019), Patricia Hill Collins (2019), Joice Berth (2018) e Audre Lorde (2020). A partir do percurso metodológico da pesquisa bibliográfica aliada ao estudo de caso, o texto analisa a importância desse projeto na formação de uma cultura comunicativa que combate opressões interseccionais, na qual as mulheres negras falam, são ouvidas e se tornam protagonistas de suas próprias histórias, desafiando as estruturas sociais que historicamente as silenciaram.</p>2025-03-11T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Mediaçãohttps://revista.fumec.br/index.php/mediacao/article/view/10257Qual a cor da docência em Jornalismo? 2025-01-23T23:17:38+00:00JANAINA LOPES DE AMORIMJANNAINA.AMORIM@GMAIL.COMTHAISA BUENOTHAISABU@GMAIL.COMROSALY BRITORosaly@ufpa.br<p>Este estudo investiga a narrativa de mulheres racializadas que atuam na docência em jornalismo na Região Amazônica do Brasil. A proposta central é destacar a importância de um projeto feminista de ciência que evidencie a experiência histórica e cultural, assim como os saberes das mulheres das margens (Rago, 2019), reconhecendo suas vivências e o que elas tematizam (França, 2006). Neste artigo, são apresentados os dados socioeconômicos das participantes, uma fase crucial da pesquisa. Para a coleta de informações, foram aplicados questionários eletrônicos via Google Forms, com a participação de 47 interlocutoras, de um total de 83 mulheres que compõem o universo da pesquisa. Esse processo de levantamento de dados visa oferecer uma contextualização essencial para a interpretação das experiências das mulheres pesquisadas. O levantamento inicial revela dados importantes, como a presença majoritária de mulheres racializadas no campo da docência em jornalismo na Região Amazônica, evidenciando sua representatividade neste setor profissional. A pesquisa destaca a urgência de se pensar em um projeto feminista de ciência que não só reconheça, mas também valorize as experiências e os saberes culturais e históricos das mulheres racializadas, proporcionando uma análise mais completa, precisa e sensível de suas vivências.</p>2025-03-11T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Mediaçãohttps://revista.fumec.br/index.php/mediacao/article/view/10283O surgimento da imprensa feminista com perspectiva racial no Brasil2025-01-09T01:07:41+00:00Fernanda Cavassanacavassanaf@gmail.comDebora Chacarski de Mellodeeborachacarski@gmail.com<p>O objetivo do artigo é delinear o percurso histórico do Movimento Negro e, principalmente, do Movimento de Mulheres Negras na elaboração de meios de comunicação e jornais alternativos no Brasil. São veículos criados com a finalidade de retratar a realidade da população negra e trazer à tona suas pautas e demandas sociais, tendo em vista que esses temas não são, usualmente, debatidos nos veículos de comunicação tradicionais. Como exemplo aplicado, analisa-se o “Nzinga Informativo”, um produto da década de 1980 com o intuito de informar e debater assuntos relevantes da perspectiva racial a partir da periferia do Rio de Janeiro. O caso estudado é um exemplo de como, embasado pelo histórico de luta negra e feminista no século XX, o Movimento de Mulheres Negras se apropria de elementos jornalísticos e ressignifica o “jornal impresso” para disseminar informações dentro da comunidade e inserir questões importantes no debate público.</p>2025-03-11T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Mediaçãohttps://revista.fumec.br/index.php/mediacao/article/view/10266Histórias de vida das mulheres da Rádio Timbira FM (95,5), a mais antiga do Maranhão2025-01-09T02:46:58+00:00IZANI MUSTAFAizani.mustafa@gmail.comKátia Fragakatiafraga@ufv.br<p>Este artigo narra a história de vida de quatro mulheres da Rádio Timbira FM (95,5), a mais antiga do Estado do Maranhão, que entrou no ar em 14 de agosto de 1941 e funciona na capital São Luís. Em junho de 2024, empregava 50 profissionais. Desse total, apenas 19 eram mulheres trabalhando em cargos administrativos ou como apresentadoras e produtoras. Com um roteiro de perguntas organizado, nos dias 24 de junho e 18 de julho de 2024, realizamos entrevistas semiestruturadas com as profissionais que têm muitos anos de experiência, superaram desafios e afirmam que são apaixonadas pelo rádio.</p>2025-03-11T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Mediaçãohttps://revista.fumec.br/index.php/mediacao/article/view/10258ELAS NO RÁDIO2025-01-21T17:23:03+00:00Maíra Rossin Gioia de Britomairargioia@gmail.comJoão Cubas Martins jcubas84@gmail.comValquíria Michela Johnvmichelajohn@gmail.com<p>Este estudo sistematiza os resultados de uma cartografia de campo (Martín-Barbero, 2002) que baliza a pesquisa radiofônica a partir de um levantamento exploratório nos anais dos Congressos da Sociedade Portuguesa de Ciências da Comunicação entre 2013 e 2019, com foco na presença de mulheres pesquisadoras brasileiras. O recorte são os artigos apresentados no Grupo de Trabalho de Rádio e Meios Sonoros, totalizando 21 trabalhos. Os <em>papers </em>foram analisados quanto à nacionalidade da autoria e das citações nas referências bibliográficas. O objetivo é evidenciar as pesquisadoras brasileiras em meio àqueles que dão status acadêmico ao meio sonoro no âmbito luso-brasileiro. A pesquisa traz uma reflexão a partir da colonialidade do saber (Quijano, 1992; 2005) e nas discussões sobre gênero, no que se refere às problematizações sobre a colonialidade do poder, do saber e do ser (Lugones, 2014). Constatou-se que os autores brasileiros citados compõem um grupo com 33 nomes. Dentro do grupo, destaca-se a significativa presença de autoras mulheres, num total de 18, mais da metade, portanto. Embora o autor mais citado seja homem, dos seis autores mais mencionados, quatro são mulheres, o que mostra um aspecto importante na perspectiva das epistemologias do sul: a presença contundente de mulheres como referências nos estudos radiofônicos no contexto analisado.</p>2025-03-11T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Mediaçãohttps://revista.fumec.br/index.php/mediacao/article/view/10259Pesquisas em Jornalismo a partir de perspectivas feministas2025-01-09T02:52:21+00:00Cláudia Lagoclaudia.lago07@usp.brJanaina Soares Gallojanaina.gallo@usp.brJosé Ilton Portoiltonporto@gmail.comIsabella Bergo Crostaisabella.bergo@usp.brLorena Andrade Trindadelorena.trindade@usp.brGabriel Razo da Cunhagabrielrazo@usp.br<p>Este trabalho apresenta pesquisas que entrelaçam gênero e jornalismo, a partir de uma ancoragem em matrizes teórico metodológicas devedoras do feminismo, produzidas no âmbito do Grupo de Pesquisas Alteridade, Subjetividades e Estudos de Gênero nas Comunicações (AlterGen) - ECA/USP. Inicia apresentando o grupo e seus pressupostos, especialmente a necessidade de aprofundar as pesquisas que pensem a Comunicação e o Jornalismo como tecnologias de gênero (De Lauretis, 2019) que devem tentar incorporar o conceito de gênero enquanto categoria de análise (Scott, 2019) e a produção coletiva do conhecimento, entendido como sempre localizado (Haraway 2009). Em seguida apresenta pesquisas desenvolvidas, suas lógicas e resultados, e aponta passos futuros de ações.</p>2025-03-11T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Mediaçãohttps://revista.fumec.br/index.php/mediacao/article/view/10275Enquadramento no jornalismo feminista2025-01-23T23:20:10+00:00Jaqueline Andriolli Silvajaqueandriolli@gmail.comKarina Janz Woitowicz karinajw@gmail.com<p>O presente artigo discute as contribuições das teorias feministas para o estudo do jornalismo, destacando o viés crítico acerca da universalidade da ciência e a necessidade de contemplar, na análise dos fenômenos sociais, a perspectiva interseccional. Com base na experiência de realização de uma pesquisa de mestrado sobre a cobertura das eleições de 2022 em portais feministas, o artigo expõe o uso da teoria do enquadramento a partir de um tensionamento que reconhece as especificidades dos modos de fazer jornalismo feminista. Como resultado do percurso metodológico adotado, são oferecidas possibilidades de análise dos <em>frames</em> que contemplam a identificação das fontes e a construção do tema e da problemática com um viés interseccional.</p>2025-03-11T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Mediaçãohttps://revista.fumec.br/index.php/mediacao/article/view/10230Estratégias discursivas contra e pró-aborto na imprensa brasileira no contexto da votação da ADPF 4422025-01-23T23:24:48+00:00Bárbara Libóriobarbara.liborio@gmail.com<p><span style="font-weight: 400;">Este artigo emprega a Análise do Discurso Crítica de Norman Fairclough para examinar editoriais sobre aborto na imprensa brasileira em setembro de 2023, durante a votação da ADPF 442. A análise contrasta o posicionamento do jornal O Estado de S.Paulo, que apoia a manutenção da legislação restritiva com uso de metáforas e pressuposições, com a abordagem dos veículos feministas Revista AzMina, Gênero e Número e Portal Catarinas, que adotam uma postura de engajamento e advocacy pela descriminalização. O estudo revela estratégias discursivas distintas e discute o impacto dos editoriais na construção de consenso social em temas controversos como o aborto.</span></p>2025-03-11T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Mediaçãohttps://revista.fumec.br/index.php/mediacao/article/view/10271Onde está Raimunda?2024-12-04T19:30:42+00:00Karina Gomes Barbosamastudobem@gmail.comLívia Kelly Labanca Ferreiraliviaklf2002@gmail.com<p><span style="font-weight: 400;">O presente artigo busca compreender como a história de Raimunda de Sousa Santana e seu feminicídio foram retratados em veículos jornalísticos, para identificar a produção memorial póstuma, a partir da interseção com gênero e deficiência. A metodologia utilizada é a Análise de Cobertura Jornalística, adaptada para captar aspectos de gênero e deficiência. O corpus da pesquisa é constituído pelas oito notícias encontradas sobre a vítima no </span><em><span style="font-weight: 400;">Google News</span></em><span style="font-weight: 400;">. Como resultados encontramos a ausência total da nomenclatura correta do crime e capacitismo, assim como de informações que permitissem a humanização dela. Assim, a memória construída jornalisticamente sobre Raimunda impede que ela seja vista para além de uma mulher com deficiência vítima de feminicídio. Compreendemos, por fim, ancoradas em Butler, que Raimunda constitui jornalisticamente uma pessoa não enlutável, a partir dos fragmentos de memória encontrados sobre ela.</span></p>2025-03-11T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Mediaçãohttps://revista.fumec.br/index.php/mediacao/article/view/10278Patriarcado de mídia como síntese categorial para os Estudos Feministas de Mídia2025-01-23T23:27:47+00:00Rafaela Martins de Souzarafaelamartins1990@hotmail.comManoel Dourado Bastosmanoel.bastos@uel.br<p>O artigo apresenta o conceito de patriarcado de mídia como categoria própria à Comunicação capaz de sintetizar a problemática de gênero na mídia a partir do escopo epistemológico da Economia Política da Comunicação. Partimos dos fenômenos de prejuízo de gênero, tanto como relações sexistas nas dinâmicas de trabalho e produção, quanto como representações estereotipadas nos materiais, a partir da Teoria Feminista de Mídia (Steiner, 2014). Utilizamos as obras de Federici (2017), Scholz (1996) e McClintock (2003) no mapeamento das origens histórico-sociais e lógico-formais da assimetria entre os gêneros na sociedade capitalista. Por fim, apresentamos a crítica dialética elaborada por Bolaño (2000) como aquela capaz de sustentar a síntese categorial proposta.</p>2025-03-11T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Mediaçãohttps://revista.fumec.br/index.php/mediacao/article/view/10232O CAMPO ENUNCIATIVO FEMINISTA NO INSTAGRAM2025-01-23T23:13:08+00:00Lidiane Santos de Lima Pinheirolidicom@yahoo.comBeatriz Souza Almeidabeatrizalmeida046@gmail.com<p>O artigo discute acerca da rede social <em>Instagram</em> como uma materialidade que se abre aos discursos feministas no espaço da virtualidade em um empreendimento que refrata os discursos do espaço presencial. A pesquisa visa demonstrar como o <em>Instagram</em> é configurado enquanto espaço heterotópico que refrata discursos feministas que emergem no espaço tópico e como esses discursos produzem um efeito de crítica do presente, alavancado pelo exercício da biopolítica. A discussão teórica que guia a problematização do tema é sustentada pela Análise do Discurso, no âmbito dos Estudos Discursivos Foucaultianos, sendo Michel Foucault a principal referência bibliográfica para o empreendimento das análises, em específico com as obras <em>O corpo utópico: as heterotopias</em> (2013), <em>A Arqueologia do Saber</em> (2008a), <em>Segurança, Território, População</em> (2008b), <em>O que é a Crítica?</em> (2015) e <em>Microfísica do Poder</em> (1979). A metodologia utilizada centra-se no método genealógico de análise dos discursos, com a separação de regularidades discursivas de perfis feministas do <em>Instagram</em>. Os resultados da pesquisa apontam para o fenômeno da refração aplicado às Ciências da Linguagem no que diz respeito à configuração do espaço heterotópico, tangenciado para o efeito de pertencimento produzido pelo agrupamento de mulheres feministas no <em>Instagram.</em></p>2025-03-11T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Mediaçãohttps://revista.fumec.br/index.php/mediacao/article/view/10263FEMINISMOS EM DISPUTA2025-01-29T21:38:44+00:00Najla Márcia Nazareth dos Passosnajlapassosdf@gmail.comPaulo Roberto Figueira Lealpaulo.leal@ufjf.br<p><span style="font-weight: 400;">Como os perfis construídos nas plataformas digitais das duas mulheres eleitas em Ouro Peto, em 2020, durante a campanha eleitoral e os três primeiros anos dos mandatos, refletem as disputas travadas em torno dos sentidos dos feminismos? Este artigo procura responder a esta questão a partir de uma epistemologia feminista da comunicação, que articula conceitos como esfera pública (Habermas, 2014; Fraser, 2021), esfera pública conectada (Benkler, 2006), astúcia da história (Fraser, 2019) e neoconservadorismo (Biroli, 2020). A metodologia adotada é a análise de conteúdo proposta por Bardin (2016) e atualizada por Sampaio (2021), que analisa como 20 categorias dos feminismos aparecem nos discursos das duas mulheres em seus perfis no Facebook. A hipótese de que só teriam destaques as categorias que não desafiassem os valores conservadores e tradicionais só se sustentou parcialmente. Embora ambas as eleitas tenham se posicionado como mães e cristãs, apenas uma delas assumiu o papel de esposa de uma tradicional família patriarcal. A outra assumiu viver em um relacionamento homoafetivo. Além disso, elas evitaram pautas morais contrárias aos valores cristãos, como o aborto, mas falaram sobre questões identitárias, como racismo e direitos LGBTQIA+. Novas tendências feministas abraçadas pelo neoconservadorismo também apareceram em seus discursos, como a defesa da proteção animal, do empreendedorismo e do empoderamento. </span></p>2025-03-11T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Mediaçãohttps://revista.fumec.br/index.php/mediacao/article/view/10241As Representações das Mulheres no Instagram do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação2025-01-09T03:05:04+00:00Liliane Maria Macedo Machadolilianemmm@gmail.comMariana Galiza de Oliveiramarigaliza@gmail.com<p>Partimos do pressuposto de que persiste a desigualdade de gênero na divulgação sobre pesquisadoras no Brasil, ocasionada, entre outros fatores, pela sub-representação em espaços midiáticos, tais como os de divulgação científica, por mais paradoxal que isso possa parecer de início. Diante dessa questão, propomos uma análise quantitativa e qualitativa do perfil do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação no Instagram, sobre a inclusão, ou não, de mulheres em suas publicações no período de primeiro de julho de 2023 a 10 de dezembro de 2023. Identificamos um esforço por parte dos produtores midiáticos para uma maior presença das mulheres, com campanhas especiais, tais como a denominada mulheres na ciência, por exemplo. No entanto, observamos que elas ainda são sub-representadas e com reforços de alguns estereótipos, tais como a mulher como mãe e jovem iniciante.</p>2025-03-11T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Mediaçãohttps://revista.fumec.br/index.php/mediacao/article/view/10289A formação dos imaginários sobre as dissidências de gêneros no fluxo televisivo2025-01-23T23:18:38+00:00Sue Gotardosuegotardo@gmail.comCristiane Fingercristiane.finger@pucrs.br<p><span style="font-weight: 400;">O objetivo deste artigo é refletir sobre os imaginários das dissidências de gêneros no fluxo televisivo (WILLIAMS, 2016), considerando o encadeamento de conteúdo. Discute sobre as expressões de violência que permeiam esse processo, na perspectiva dos estudos do imaginário. Quanto às estratégias metodológicas, utiliza a Análise Discursiva de Imaginários, proposta por Silva (2019), para investigar o </span><em><span style="font-weight: 400;">corpus</span></em><span style="font-weight: 400;"> que constitui o fluxo. Após este processo, o trabalho identificou as posições em que as dissidências estão representadas nos fragmentos e enquadramentos analisados, mostrando que certos imaginários dinamizados invisibilizam algumas corporeidades dissidentes. Ao final, constatamos três movimentos simbólicos que sustentam a matriz cisgênera heteronormativa patriarcal branca na televisão.</span></p>2025-03-11T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Mediaçãohttps://revista.fumec.br/index.php/mediacao/article/view/10248Monstruosidade e colonialidade no filme Sob a Pele.2025-01-09T03:03:32+00:00Caroline Fogaçacarol.fbarbosa@gmail.com<p>O presente estudo investiga a interseção entre o feminino e a noção de monstruosidade no filme Sob a Pele (2013), dirigido por Jonathan Glazer, à luz da construção histórica do monstro na cultura ocidental. Esta investigação destaca a persistência dos estereótipos de subserviência e fragilidade associados ao feminino, conforme observado em diversas expressões artísticas, e ressalta o papel do pensamento logocêntrico na marginalização do desejo e da liberdade do corpo feminino. Adriano Denovac (2016) introduz o conceito de lapsos reminiscentes para descrever os resquícios do passado que continuam a influenciar a cultura contemporânea, inclusive nas produções cinematográficas. Este estudo, inspirado pelo termo de Denovac, propõe-se a explorar os elementos do filme que refletem os lapsos reminiscentes do feminino monstruoso, especialmente relacionados ao conceito de colonialidade de Maldonado-Torres (2019), que contribui para a criação de uma diferença subontológica na cultura. A análise do filme é conduzida utilizando o modelo de análise proposto por Martine Joly (1994), o qual enfoca a tradução verbal do conteúdo visual, os textos que acompanham as imagens e as associações com fatores culturais pré-codificados, apoiados pela bibliografia consultada. Desta maneira, o estudo revela elementos estéticos da linguagem audiovisual que desafiam os padrões estabelecidos pelo modelo colonial, conforme descrito por Maldonado-Torres, e que evidenciam os lapsos reminiscentes dos elementos monstruosos associados ao feminino. Essa investigação visa aprofundar a compreensão da representação do feminino no cinema contemporâneo e sua interrelação com questões de poder, gênero e colonialidade, contribuindo assim para o debate acadêmico sobre esses temas.</p>2025-03-11T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Mediaçãohttps://revista.fumec.br/index.php/mediacao/article/view/10253“EU SOU MULHER E É ÓBVIO QUE”2024-12-04T18:33:06+00:00Egle Muller Spinelliegle.spinelli@espm.brCarla Figueiredocarlafigueiredo@sugarpedia.com.br<p>Neste artigo, refletimos sobre a dimensão dos impactos de uma campanha publicitária <em>femvertising</em> na construção dos valores simbólicos do feminismo contemporâneo percebidos pelas mulheres brasileiras. Nos utilizamos da análise de conteúdo e percorremos comentários realizados no Instagram, em resposta à convocação para o consumo em post do programa televisivo Falas Femininas, veiculado no Dia Internacional da Mulher. O deslocamento das narrativas complexas da mensagem publicitária para interações breves e superficiais apresentadas nos relatos analisados apontam indícios da mercantilização do feminismo confrontado pela misoginia popular (Banet-Weiser, 2018). A parca presença de discussões acerca da bidimensionalidade reconhecimento e redistribuição de justiça de gênero (Fraser, 2024), sugere as representações dos papéis sociais femininos tradicionais e reflete o fenômeno do feminismo popular.</p>2025-03-11T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Mediaçãohttps://revista.fumec.br/index.php/mediacao/article/view/10224Feminismo de mercado e a comoditização do autocuidado pelo femvertising2025-01-23T23:15:03+00:00Leonardo Mozdzenskileo_moz@yahoo.com.br<p>O presente artigo examina a evolução do conceito de autocuidado, destacando seu deslocamento de uma prática de resistência política para uma estratégia de consumo individualista, promovida pelo feminismo de mercado e, particularmente, pelo <em>femvertising</em>. A partir de uma pesquisa teórica interdisciplinar, fundamentada em estudos feministas e de consumo, discute-se como o autocuidado, originalmente associado à luta antirracista e à valorização de corpos marginalizados, foi despolitizado e comoditizado pelas lógicas neoliberais, tornando-se uma atividade centrada na gestão de si e no aprimoramento pessoal. Este trabalho investiga as implicações dessa transformação, refletindo sobre o esvaziamento do potencial subversivo do autocuidado e sua conversão em mais um dispositivo do capitalismo. Ao instrumentalizar pautas feministas para fins publicitários, o <em>femvertising</em> contribui para a mercantilização de discursos de empoderamento e emancipação da mulheres, reforçando padrões de consumo e estéticas excludentes. Nesse sentido, esta análise propõe uma reflexão crítica sobre os limites dessa apropriação comercial e a necessidade de recuperar o autocuidado como uma prática coletiva e politicamente engajada.</p>2025-03-11T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Mediaçãohttps://revista.fumec.br/index.php/mediacao/article/view/10160A Convergência Entre o Digital e o Analógico nos Homestudios2024-10-23T13:43:50+00:00Lucas Cassanolucasjcassano@gmail.com<p>O artigo explora as transformações na produção musical contemporânea com foco na transição do analógico para o digital e o impacto dessa mudança nos homestudios. Através da análise das <em>DAWs </em>(<em>Digital Audio Workstations</em>), discute-se a integração de lógicas discretas e contínuas, permitindo uma nova forma de interação com o som, tanto pela visualidade digital quanto pela escuta analógica. A hibridização entre o digital e o analógico redefine as práticas de produção, promovendo maior autonomia e acessibilidade para músicos e produtores independentes.</p> <p> </p>2025-03-11T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Mediaçãohttps://revista.fumec.br/index.php/mediacao/article/view/10158A fotografia e abordagem triangular2024-12-02T13:17:15+00:00Henry Simon Sales Pinheirohenrysimonsales@gmail.com<p>Esse trabalho tem como objetivo estabelecer uma relação entre a linguagem fotográfica e a abordagem triangular na perspectiva do entendimento da cultura visual. O uso de imagens no âmbito da educação pode ser considerado uma ferramenta estratégica para quem desenvolve atividades no campo da arte educação. a fotografia pode ser considerada como estimulante para o desenvolvimento dos sujeitos, auxiliando-os a perceber a realidade, de refletir com mais profundidade a respeito do cotidiano, das relações sociais, do mundo do qual se vive. O caminho metodológico a ser desenvolvido nesse trabalho parte da revisão bibliografia da qual busca textos condizentes ao que se deseja explanar a respeito dessa relação fotografia, abordagem triangular e cultura visual, trazendo referências bibliográficas cruciais tais como, Barbosa (2012), Pimentel (2017), buscando estabelecer uma perspectiva dialética do entendimento desses conceitos e sua relação com a linguagem fotográfica. Percebe-se que a abordagem triangular seja qualquer for o seu contexto a ser aplicado na educação em/para as artes deva fugir de reducionismos generalizados capazes de engessarem sua dinâmica da qual pertencem a uma perspectiva da totalidade.</p>2025-03-11T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Mediaçãohttps://revista.fumec.br/index.php/mediacao/article/view/10228Epistemologia afrocentrada no ensino em publicidade2024-11-21T13:35:17+00:00Carla Beatriz David Ernestocarlabde@gmail.comJuliana Petermannpetermann@ufsm.br<p><span style="font-weight: 400;">O presente artigo visa refletir, a partir de uma revisão da literatura não exaustiva, a proposição do conceito de afrocentricidade (Asante, 1980) como possibilidade epistemológica no ensino em publicidade e suas possíveis contribuições para o campo. Na maioria dos planos de ensino das Instituições de Ensino Superior (IES) as bibliografias adotadas se alicerçam na perspectiva de teorias eurocêntricas, em especial, de teóricos homens e brancos. Ao longo do capítulo, discutiremos os desafios permanentes na prática do ensino em publicidade a partir da perspectiva de Petermann (2019), a autora apresenta os principais desafios do ensino na área, são eles: “a educação para a diversidade; a transformação do mercado como consequência do ensino; a renovação dos exemplos em aula e, por fim, uma sala de aula em constante transformação” (Petermann, 2019, p. 203-204). Partindo deste contexto, reconhecemos que em algumas práticas de ensino em publicidade, ainda permanecem constantes manifestações enraizadas que fortalecem a concepções hegemônicas alocadas nas estruturas dos planos de ensino de algumas disciplinas do curso de Publicidade e Propaganda.</span></p>2025-03-11T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Mediação