SUPERMERCADOS DE VIZINHANÇA

GERAÇÃO DE VALOR COM A OFERTA DE MARCAS PRÓPRIAS

Autores

  • Thaís Moura Martins dos Santos Universidade Federal de Uberlândia
  • Vérica Freitas Universidade Federal de Uberlândia
  • Lucas Sciencia do Prado FGV/SP
  • Veronica Freitas de Paula UFU

Palavras-chave:

Valor, Atacado, Varejo, Marca Própria

Resumo

Considerando o potencial de geração de valor das Marcas Próprias e seu incipiente uso no Brasil em relação a outros países, este artigo objetivou analisar como a oferta de Marcas Próprias pelos atacadistas pode gerar valor para supermercados de vizinhança que as comercializam. Foi realizada pesquisa qualitativa, com estudo de casos múltiplos, coleta de dados por meio de entrevistas com proprietários/gestores de supermercados de vizinhança que fazem parte de redes gerenciadas por atacadistas líderes no mercado nacional e que comercializam Marcas Próprias. As entrevistas foram gravadas e transcritas para análise de conteúdo. Foi possível concluir que a Marca Própria ainda não gera valor para os supermercados de vizinhança em relação ao aumento do faturamento e das margens de lucro, embora seja capaz de fidelizar o cliente às lojas por serem considerados produtos de boa qualidade com preços acessíveis. Os entrevistados demonstraram expectativa de incremento nas margens de lucro com esses produtos futuramente.

Referências

AILAWADI, K. L., KELLER, K. L. Understanding retail branding: conceptual insights and research priorities. Journal of retailing, v. 80, n. 4, p. 331-342, 2004. https://doi.org/10.1016/j.jretai.2004.10.008.

ALVES FILHO, A. G. et al. Pressupostos da gestão da cadeia de suprimentos: evidências de estudos sobre a indústria automobilística. Gestão & Produção, v. 11, n. 3, p. 275-288, 2004.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE MARCAS PRÓPRIAS E TERCEIRIZAÇÃO – ABMAPRO. Marcas próprias ganham destaque no canal farma e crescem 19,8% em 2018. ABMAPRO, 2019. Disponível em: < https://abmapro.org.br/noticias/marcas-proprias-ganham-destaque-no-canal-farma-e-crescem-198-em-2018/>. Acesso em: 07 jun 2021.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE MARCAS PRÓPRIAS E TERCEIRIZAÇÃO – ABMAPRO. Marca própria qualidade e preço justo. ABMAPRO, 2020. Disponível em: https://abmapro.org.br/noticias/qualidade-e-preco-justo/. Acesso em: 07 jun 2021.

BARDIN L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977.

BOWERSOX, D. J., COOPER, M. B. Strategic marketing channel management. New York: McGraw-Hill, 1992.

CHOPRA, S., MEINDL, P. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos, Estratégia, Planejamento e Operação. São Paulo: Prentice Hall, 2003.

CHURCHILL JUNIOR, G. A., PETER, J. P. Marketing: criando valor para os clientes. São Paulo: Saraiva, p. 290, 2000.

COOPER, M. C.; LAMBERT, D. M.; PAGH, J. D. Supply chain management: more than a new name for logistics. The international journal of logistics management, v. 8, n. 1, p. 1-14, 1997.

COUGHLAN, A. T. et al. Canais de marketing e distribuição. 6ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.

DIAS, S. R. Estratégia e canais de distribuição. São Paulo: Atlas, 1993.

FURUTA, É. C. Razões de escolha de supermercados de vizinhança como ponto de compra. 2002. 97 f. Monografia (Bacharelado em Administração de Empresas) – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2002.

GARCIA, J. CRISTINA; RIBEIRO FILHO, VITOR RIBEIRO FILHO VITOR. O núcleo central de Uberlândia: uma análise das atividades de comércio e serviços. Horizonte Científico, 2012.

GARRETSON, J. A.; FISHER, D.; BURTON, S. Antecedents of private label attitude and national brand promotion attitude: similarities and differences. Journal of retailing, v. 78, n. 2, p. 91-99, 2002.

HOCH, S. J., BANERJI, S. When do private labels succeed? Sloan management review, v. 34, n. 4, p. 57, 1993.

KOTLER, P. Administração de marketing: análise, planejamento, implementação e controle. 5ed. São Paulo: Atlas, 1998.

KOTLER, P. Marketing para o século XXI. São Paulo: Futura, 2000.

LEPSCH, S. L., SILVEIRA, J. A. Marcas Próprias em supermercados brasileiros. In: Seminários em administração-SEMEaD, v. 3, 1998, São Paulo. Anais... São Paulo: USP, 1998, p. 1-13.

MENTZER, J. T., DEWITT, W., KEEBLER, J. S. et al. Defining supply chain management. Journal of Business Logistics, v. 22, n. 2, p. 1-25, 2001. https://doi.org/10.1002/j.2158-1592.2001.tb00001.x.

PARENTE, J. Varejo no Brasil: gestão e estratégia. São Paulo. Ed. Atlas, 2000.

PIRES, S. R. I. Gestão da cadeia de suprimentos: conceitos, estratégias, práticas e casos. São Paulo: Atlas, 2004.

ROSENBLOOM, B. Canais de marketing: uma versão gerencial. São Paulo: Atlas, 2002.

SCHECHTER, L. A normative conception of value. Progressive Grocer, Executive Report, p. 12-14, 1984.

TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987.

VIEIRA, V. A. As tipologias, variações e características da pesquisa de marketing. Revista FAE, Curitiba, v.5, n.1, p.61-70, jan./abr.2002.

WILD, R. Production and operations management. 5. Ed Inglaterra: Cassel Educational Ltd, 1995.

WILDER, A. Mudanças no setor supermercadista e a formação de associações de pequenos supermercados. 2003. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo.

YIN, R. K. Case study research: Design and methods, applied social research. Methods series, v. 5, 1994.

Downloads

Publicado

03/07/23