O INTERLOCKING POLÍTICO TRAZ BENEFÍCIOS PARA AS EMPRESAS NA CAPTAÇÃO DE RECURSOS FINANCEIROS JUNTO AO BNDES?

Autores

  • Thiago de Sousa Barros Universidade Federal de Ouro Preto
  • Arthur Machado Guimarães Jota

Resumo

A literatura em governança corporativa sugere que as empresas constroem conexões políticas, seja mantendo assento para ex-políticos nos Conselhos de Administração ou por meio doações para campanhas eleitorais no Brasil, visando múltiplos interesses corporativos. Em face da escalada de financiamentos concedidos pelo BNDES nos últimos anos, este artigo tenciona analisar, com base nas empresas listadas na B3 e que compõem o índice IBrX 100, se o interlocking político foi determinante para a obtenção de recursos de forma direta ou indireta junto ao BNDES. Os resultados não evidenciaram uma relação significativa entre a conexão política e os contratos de financiamento firmados pelas companhias junto ao BNDES. Apesar dos resultados apresentarem-se como estatisticamente não significantes, o presente artigo acrescenta aos estudos até então existentes acerca de conexões políticas e empresariais para o contexto brasileiro, trazendo novas contribuições para este campo da governança corporativa.

Biografia do Autor

Thiago de Sousa Barros, Universidade Federal de Ouro Preto

Doutor em Administração de Empresas (Área: Finanças) pela Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP) e mestre em Contabilidade e Finanças pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, possui graduação em Administração pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e aperfeiçoamento em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Minas Gerais. Professor Adjunto do Departamento de Economia da Universidade Federal de Ouro Preto, foi Visiting Scholar na Universiteit van Amsterdam (Amsterdam Business School), e Visiting Research Fellow na Freie Universität Berlin (Lateinamerika-Institut) e na Universidad del Desarrollo (Facultad de Economía Y Negócios - Santiago del Chile). Membro da American Finance Association, da Association Française de Finance e da African Finance and Economic Association; é autor dos livros "A Formação de Grupos Empresariais & o Goodwill no Brasil: Considerações Financeiras, Contábeis, Econômicas e Jurídicas acerca das Aquisições de Participações Sociais" (NEA Edições/OmniScriptum, 2015) e "Quiçá Existimos" (Grupo Multifoco, 2018), além de ser co-autor de "Gestão de Estratégias: Uma Nova Abordagem de Planejamento" (InterSaberes, 2017) e "Finanças de Longo Prazo" (Editora Universidade Anhembi Morumbi, 2018). Integrante do Comitê Editorial do Journal of Finance Research, exerce também a função de Revisor em diversos periódicos Nacionais e Internacionais de Administração, Economia e Finanças, entre eles: Journal of Financial Innovation; Revista Economía, Gestión y Desarrollo; Brazilian Review of Finance e Revista Brasileira de Economia. Atualmente, seus principais interesses de pesquisa são: Finanças Corporativas e Comportamentais; Fusões e Aquisições; Governança Corporativa e Board Interlocking.

Arthur Machado Guimarães Jota

Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Ouro Preto.

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Publicado

23/08/21

Edição

Seção

Artigos