VALORIZANDO A PRÁTICA NA PESQUISA SOBRE ESTRATÉGIA
DOI:
https://doi.org/10.21714/pretexto.v9i3.466Abstract
Este ensaio reconhece que a abordagem "Estratégia como Prática" é um avanço para a compreensão da Estratégia, mas que essa abordagem ainda enfrenta dificuldades decorrentes da apropriação de conceitos forjados em perspectivas epistemológicas distintas e incompatíveis com os pressupostos da "Estratégia como Prática". Dentre esses conceitos, está o que se liga ao próprio termo "estratégia", cujo conteúdo semântico se apresenta cambiante e vago. Diante dessa fragilidade, propõe-se uma interdição do mesmo (e de seus derivados). A justificativa para tal proposta, que, à primeira vista, parece extremada, deriva do reconhecimento de que o referido termo é utilizado em extensa medida como um qualitativo genérico, aplicado, em geral, com o objetivo de valorizar a situação a ele ligada e não descrevê-la, utilização que contribui para confundir e obstruir a comunicação clara. Contra tal uso, incompatível com as regras do saber científico, recupera-se e aprofunda-se a abordagem "Estratégia comoPrática" (WHITTINGTON, 2006) buscando mostrar que a mesma goza de grande poder elucidativo ao se apoiar na pragmática. Isso permite rejeitar conceitos idealizados, que acabam, por sua pouca sustentação concreta, inevitavelmente por conduzir a confusões ou a dificuldades e aporias, como no caso em questão. Assim, a proposta de interdição desse termo abre caminho para uma compreensão mais ampla e coerente da respectiva prática, uma vez que o interesse preponderante é pela respectiva prática e não por qualquer termo, mesmo que tenha relevância histórica.Downloads
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30/09/08
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Artigos
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