Rua de mão dupla
paredes grafitadas de Belo Horizonte e muros de Pompeia e da cidade do sol. Fotografia e contemplação.
Mots-clés :
fotografia, cidade educadora, educação das sensibilidadesRésumé
Por meio de fotografias de uma esquina do centro de Belo Horizonte - MG, o artigo apresenta como as paredes grafitadas de hoje podem evocar – em um diálogo diacrônico - inscrições rupestres e de paredes de cidades antigas, reais ou imaginadas. O objetivo central é indicar como estas reminiscências podem colaborar para a instauração de uma cidade educadora das sensibilidades, retomando de outro modo a utopia de Campanella em sua Cidade do Sol. Pressupomos que flanar pelas ruas das grandes metrópoles atuais seja possível, desde que se assuma a posição de um atento(a) observador(a) perpassado(a) por um olhar investigativo e sensível, atento aos estímulos visuais e que se coloca em um distanciamento propício, para evitar ser arrastado(a) pela
multidão e ser “levado(a) pela cadência de seus passos”. A educabilidade das cidades, cá e lá, em algum ponto da história se enuncia e elas se tocam. De acordo com Walter Benjamin, “articular historicamente o passado não significa conhecê-lo ‘como de fato ele foi’. Significa apropriar-se de
uma reminiscência, tal como ela relampeja num momento de perigo” . Trata-se, dessa forma, de horizontes de visada em que presente e passado se enlaçam por entremeio de imagens. Assim, a via de mão dupla anunciada desde o início também importa futuros, postos em perspectiva.
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