SUPORTE SOCIAL, GERENCIAL E ORGANIZACIONAL: A PERCEPÇÃO DE SERVIDORES PÚBLICOS DO PODER JUDICIÁRIO DO SUL DO PAÍS

Renata Silva de Carvalho Chinelato; Suzana da Rosa Tolfo; Daeana Paula  Bourscheid; Maria Eduarda  Jaruzo Moraes

Autores

Renata Silva de Carvalho Chinelato Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) https://orcid.org/0000-0002-4871-4139
Suzana da Rosa Tolfo Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) http://orcid.org/0000-0002-6321-6496
Daeana Paula Bourscheid Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) https://orcid.org/0000-0001-5255-867X
Maria Eduarda Jaruzo Moraes Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) http://orcid.org/0009-0006-8169-8413

Palavras-chave:

home office, suporte social, suporte gerencial ao teletrabalho, suporte organizacional

Resumo

O teletrabalho compulsório vivenciado na pandemia demandou das organizações, especialmente as públicas, reorganizar o trabalho e oferecer diferentes tipos de suporte para realização das atividades laborais. Os servidores do judiciário passaram a trabalhar em home office e com intensiva demanda de adaptação para desenvolver atividades em interação e de forma virtual. Neste sentido, a presente pesquisa investigou a percepção de suporte social, gerencial e organizacional de servidores públicos do poder judiciário do sul do Brasil. Foram realizados dois grupos focais, um presencial e um online, com a participação de oito e sete trabalhadores, respectivamente. As falas foram transcritas e organizadas em três categorias definidas a priori: suporte social, suporte gerencial e suporte organizacional. Os resultados mostraram que os servidores perceberam suporte social dos colegas e da chefia, embora muitos trabalhadores tenham relatado falta de apoio gerencial na realização do teletrabalho. Houve relatos que indicaram situações de assédio moral por parte dos gestores durante a pandemia. Em relação ao suporte organizacional, os servidores declararam que o tribunal de justiça não ofereceu os requisitos básicos, como as condições materiais, o que impactou no desempenho das atividades. Tais achados contribuem para que futuras intervenções no contexto judiciário possam otimizar e articular os diferentes tipos de suporte recebidos nos arranjos flexíveis de trabalho.

Biografia do Autor

Renata Silva de Carvalho Chinelato, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Graduada em Psicologia pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (2003), Especialista em Desenvolvimento Humano pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF, 2005), Mestre em Psicologia pela UFJF (2009), Doutora em Psicologia pela Universidade Salgado de Oliveira de Niterói (2016), com bolsa Capes (Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior) no Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE) (2015). Pós-Doutora em Psicologia pela UFJF (2017-2018). Professora Adjunta do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina. Coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Processos Psicossociais e de Saúde nas Organizações e no Trabalho (Neppot/UFSC). Integrante do GT Cultura Organizacional e Saúde no Trabalho da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Psicologia (ANPEPP).

Suzana da Rosa Tolfo, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Professora Titular do Departamento de Psicologia da UFSC. Graduada em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Catarina,Mestre em Administração (UFSC) e Doutora em Administração (UFRGS). Ministra disciplinas em nível de graduação e de pós-graduação, bem como capacitações na área de Psicologia das Organizações e do Trabalho, com ênfase nos seguintes temas de atuação e de pesquisa: trabalho e subjetividade, gestão de pessoas, qualidade de vida no trabalho, sentidos e significados do trabalho, assédio moral e processos psicossociais. Orienta alunos de mestrado e de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Psicologia e orientou nos Programas de Pós-Graduação em Administração e em Saúde Mental da UFSC. Foi Chefe de Departamento e Coordenadora do Curso de Psicologia da UFSC e Gestora de Pessoas da mesma Universidade. Foi coordenadora e é membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Processos Psicossociais e de Saúde nas Organizações e no Trabalho (NEPPOT/UFSC) e participa do Grupo Trabalho e Saúde do Trabalhador da ANPEPP. Coordena os Seminários Catarinenses de Prevenção ao Assédio Moral no Trabalho, desde 2007, e os Congressos sobre Riscos Psicossociais e Saúde no Trabalho, desde 2017.Docente em cursos de graduação, de pós-graduação e capacitação sobre temas em psicologia do trabalho e das organizações e administração, com destaque para processos psicossociais de risco no trabalho, saúde mental no trabalho, assédio moral, sentidos e significados do trabalho. Mentora de pessoas.

Daeana Paula Bourscheid, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Bacharel em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Mestranda no Programa de Pós Graduação em Psicologia (UFSC) na linha de Processos psicossociais e de saúde no trabalho e nas organizações. Participante do Grupo Interdisciplinar de Estudos em Conhecimento, Aprendizagem e Memória Organizacional (KLOM) e do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Processos Psicossociais e de Saúde nas Organizações e no Trabalho (NEPPOT). Atualmente trabalha como Psicóloga Clínica e Consultora Organizacional.

Maria Eduarda Jaruzo Moraes, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Graduanda de Psicologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (2020-atualmente). Extensionista voluntária dos projetos "Brincamente: ações promovedoras do desenvolvimento infanto-juvenil para a comunidade em ambiente virtual (2021)" e "Grupo de pais e filhos: um programa de intervenção psicoeducativo para a intervenção em funções executivas e regulação emocional (2021)", ambos integrantes do Laboratório de Neuropsicologia Cognitiva e Escolar (LANCE-UFSC). Estagiária de Psicologia na Ação Júnior, Empresa Júnior do Centro Socioeconômico (2022).

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