O que dizem as Publicações sobre o Termo Qualidade do Gasto Público?
uma Revisão Sistemática da Literatura (2013-2023)
Keywords:
Revisão Sistemática da Literatura, Qualidade do gasto público, Enfoques teórico-empíricos, ElementosAbstract
Objetivo: Apresentar uma Revisão Sistemática da Literatura sobre o termo qualidade do gasto público (2013-2023).
Proposta: Busca-se, por meio de um mapeamento da literatura, identificar os principais enfoques teórico-empíricos e elementos utilizados pelos autores da área.
Provocação: Propõe um mapeamento da literatura, por meio do qual identificou-se os principais enfoques teórico-empíricos e elementos utilizados pelos autores da área sobre o termo qualidade do gasto público.
Método: Revisão Sistemática da Literatura por meio dos modelos Okoli (2019) e PRISMA (Moher et al., 2019), sendo analisados 39 artigos da temática.
Resultados: Os contextos utilizados são sempre de governos centrais ou nacionais. Pouca atenção é dispensada aos governos subnacionais ou locais. Foram identificados 10 enfoques como principais. O aumento constante de gastos, sem uma contrapartida adequada no aumento das receitas, ou na análise da qualidade do gasto e da entrega de serviços públicos, tanto no curto, quanto médio e longo prazos é ponto comum nos estudos, uma vez que essa situação tende a comprometer a sustentabilidade fiscal dos governos.
Conclusões: Em arranjos administrativos descentralizados, faz sentido esperar que o objeto de estudo do presente artigo, possa, de alguma maneira, auxiliar na discussão de uma perspectiva mais focada e próxima da realidade perceptível do cidadão, sem desconsiderar seu potencial contribuição nos aspectos gerenciais de resolução e adequação das soluções para os problemas da administração pública, nem sua contribuição teórica e inédita, de uma RSL sobre o termo qualidade do gasto público.
References
Abdellatif, L. M., Atlam, B. M., & Emara, O. A. M. E. S. (2019). Public management institutions’ alignment: the case of Egypt. Review of Economics and Political Science, 4(2), 90-104.
Afonso, J. R. R., & Ribeiro, L. (2020). Revisão dos gastos públicos no Brasil. Revista Conjuntura Econômica, 74(9), 20-23.
Alves, M. L. F. (2023). Qualidade dos gastos públicos em saúde e educação: uma análise sistemática da literatura (Dissertação de Mestrado). UFRN, Natal, RN.
Almeida, D. P. B., & Bijos, P. R. S. (2020). Planejamento e orçamento no Brasil: propostas de inovação. In: Salto, F. S., & Pellegrini, J. A. (Org.), Contas públicas no Brasil. São Paulo: Saraiva.
Aryani, Y. Anni et al. (2023). Determinants of local government public service quality: evidence from the developing economy. Journal of Governance and Regulation, 12(1). https://doi.org/10.22495/jgrv12i1siart2
Aschauer, D. A. (1989). Is public expenditure productive? Journal of monetary economics, 23(2), 177-200.
Banco Mundial (2013). Beyond the annual budget: global experience with medium-term expenditure frameworks. Washington: Banco Mundial.
Banco Mundial. (2017). Um ajuste justo: Análise da eficiência e qualidade do gasto público no Brasil – Brasil: Revisão das despesas públicas. Washington: Banco Mundial.
Barro, R. (1990). Government spending in a simple model of endogenous growth. Journal of Political Economy, 98, 103-125.
Bezerra, D. S. S. et al. (2018). Análise da relação entre receitas e despesas públicas e o desenvolvimento educacional dos municípios brasileiros baseada no índice FIRJAN. Enfoque: Reflexão Contábil, 37(2), 89-106.
Bijos, P. R. S. (2022). Spending review e medium-term expenditure framework–caminhos para maior estabilidade? In Couto, L. F., & Rodrigues, J. M. (Org.), Governança Orçamentária no Brasil. IPEA, 159-185.
Borges, M. F. (2010). Qualidade do Gasto Público Municipal: Uma abordagem microrregional para o estado do Rio Grande do Sul (Dissertação de Mestrado). UFRGS, Porto Alegre, RS.
Borges, R. N. (2012). Qualidade do Gasto Público em Educação e Saúde: uma análise microrregional em Goiás (Dissertação de Mestrado). Faculdades Alves Farias-ALFA, Goiânia, GO.
Borges, T. B., Mario, P. do C., & Carneiro, R. (2013). A implementação do sistema de custos proposto pelo governo federal: uma análise sob a ótica institucional. Revista de Administração Pública, 47(2), 469-491.
Brunet, J. F. G., Bertê, A. M. de A., & Borges, C. B. (2007). Estudo comparativo das despesas públicas dos estados brasileiros: um índice de qualidade do gasto público. Brasília: Esaf.
Busatto, L. M., & Brunori, D. (2011). The quality of public expenditure and its influence on economic growth: evidences from the State of Rio Grande do Sul (RS). Minerva Program, The George Washington University.
Café, R. M. (2023). Acesso à crédito e qualidade do gasto: evidência dos municípios brasileiros. Cadernos de Finanças Públicas, 23(1), 1-35. https://doi.org/10.55532/1806-8944.2023.204
Cândido Júnior, J. O. (2001). Os gastos públicos no Brasil são produtivos? Planejamento e políticas públicas, 23.
Cervo, A. L., & Bervian, P. A. (2002). Metodologia científica. São Paulo: Prentice Hall.
Charron, N., Dijkstra, L., & Lapuente, V. (2015). Mapping the regional divide in Europe: A measure for assessing quality of government in 206 European regions. Social indicators research, 122, 315-346.
Cruz, T., Michener, G., & Andretti, B. (2021). Transparência interna: cumprimento e punição no processo orçamentário municipal brasileiro. Revista de Administração Pública, 55(2), 357-377.
Devellis, R. F. (2016). Scale development: Theory and Applications. 4th Ed. Sage Publications Inc.
Doherty, L., & Sayegh, A. (2022. How to design and institutionalize spending reviews. International Monetary Fund.
Duho, K. C., Amankwa, M. O., & Musah-Surugu, J. I. (2020). Determinants and convergence of government effectiveness in Africa and Asia. Public Administration and Policy, 23(2), 199-215.
Fortis, M. F., & Gasparini, C. E. (2020). Plurianualidade: marcos de gasto de médio prazo. In Gimene, M. (Org.). Planejamento, orçamento e sustentabilidade fiscal. Brasília: Assecor.
Hair, J. et al. (2005). Fundamentos de métodos de pesquisa em administração. Porto Alegre: Bookman.
Ingraham, P. W., Joyce, P. G., & Donahue, A. K. (2003). Government performance: Why management matters. Johns Hopkins University Press: Baltimore
Kasperskaya, Y., & Xifré, R. (2020. The analytical capacity of budgetary administrations: the case of the Euro area. Journal of Public Budgeting, Accounting & Financial Management, 32(3), 379-398.
Kaufmann, D., Kraay, A., & Mastruzzi, M. (2011). The worldwide governance indicators: Methodology and analytical issues1. Hague journal on the rule of law, 3(2), 220-246.
Kim, S., Lee, Y., & Kim, T. (2022). The relationship between fiscal decentralization and trust in government: evidence from the South Korean case. International Review of Administrative Sciences, 88(2), 373-389.
Kyriacou, A. P., & Roca-Sagalés, O. (2019). Local decentralization and the quality of public services in Europe. Social Indicators Research, 145(2), 755-776.
Lanis, G. P., & Bueno, N. P. (2020). Fatores que influenciam a eficiência da gestão orçamentária anual. Gestão & Planejamento, 21, 298-316.
Lord, F. M., & Novick, M. R. (2008). Statistical theories of mental test scores. IAP.
Lorenzato, N. T., Behr, A., & Goularte, J. L. L. (2016). Benefícios e problemas na implantação de um sistema de informação de custos do setor público no estado do Rio Grande do Sul. ConTexto, 16(32), 126-141.
Martins, A. L., & Barbosa, V. L. (2015). Qualidade do Gasto Público em Educação: uma análise da Região Metropolitana de Belo Horizonte baseada no Índice de Qualidade do Gasto Público (IQGP). Recuperado de http://www.convibra.com/upload/ paper/2017/38/2017_38_13710.pdf
Mesquita, A. M., & Wander, A. E. (2021). Avaliação da qualidade dos gastos públicos em educação e saúde nos municípios Mato-Grossenses, Brasil. Capital Científico, 19(2), 58-74.
Moher, D. et al. (2009). Preferred reporting items for systematic reviews and meta-analyses: the PRISMA statement. Annals of Internal Medicine, 151(4), 264-269.
Müller, K.. Navarra, C., & Jancová, L. Improving the quality of public spending in Europe. European Parliament Research Service – EPRS.
National Audit Office (2018). Improving the government's planning and spending framework. HM Treasury and Cabinet Office. Controller and Auditor General. Recuperado de www.nao.org.uk
National Treasury SA. (2021). A framework form achieving spending efficiency in a fiscally constrained environment. Recuperado de https://www.treasury.gov.za/publications/guidelines/
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. (2019). Budgeting and public expenditures in OECD countries 2019. Paris: OECD.
Okoli, C. et al. (2019). Guia para realizar uma Revisão Sistemática de Literatura. EAD em Foco, 9(1), 1-40.
Pavlova, M. (2016). Fiscal Decentralisation in the Republic of Bulgaria–Financial Effects and Regional Aspects. Available at SSRN 2968411.
Rautiainen, A., & Luoma-Aho, V. (2021). Reputation and financial reporting in Finnish public organizations. Journal of Public Budgeting, Accounting & Financial Management, 33(4), 487-511.
Reinecke, L. F. (2021). Índice de transparência de Conselhos Municipais (ITCM): uma proposta construída a partir da literatura, legislação e especialistas (Tese de Doutorado). UDESC, Florianópolis, SC.
Rezende, F., Cunha, A., & Bevilacqua, R. (2010). Informações de custos e qualidade do gasto público: lições da experiência internacional. Revista de Administração Pública, 44(4), 959-992.
Robinson, M. (2014). Spending reviews. OECD Journal on Budgeting, 13(2), 81-122.
Rodríguez-Pose, A., & Garcilazo, E. (2015). Quality of government and the returns of investment: Examining the impact of cohesion expenditure in European regions. Regional Studies, 49(8), 1274-1290.
Sanger, M. B. (2008). From measurement to management: Breaking through the barriers to state and local performance. Public Administration Review, 68, S70-S85.
Schuknecht, L., Tanzi, V., & Afonso, A. (2006). Public sector efficiency: evidence for new EU member states and emerging markets. Working Paper Series, 581.
Soares, S. V., Picolli, I. R. A., & Casagrande, J. L. (2018). Pesquisa bibliográfica, pesquisa bibliométrica, artigo de revisão e ensaio teórico em administração e contabilidade. Administração: Ensino e Pesquisa, 19(2), 308-339.
Soares, J. R., & Raupp, F. M. (2019). Gastos públicos municipais brasileiros: uma revisão sistemática. Caderno de Administração, 27(2), 98-110.
Soares, J. R., Raupp, F. M., e Tezza, R. (2021). Qualidade dos gastos públicos nos municípios de Santa Catarina. Contabilidade Vista & Revista, 32(3), 165-194.
Sousa, K. M. de, & Monte, P. A. do. (2022). Composição do gasto público e descentralização fiscal em governos locais brasileiros: uma análise por regressão quantílica incondicional com dados longitudinais. Revista de Administração Pública, 55(6), 1333-1354.
Thoa, D. T. K., & Nhi, V. V. (2022). Improving the quality of the financial accounting information through strengthening of the financial autonomy at public organizations. Journal of Asian Business and Economic Studies, 29(1), 66-82.
Tollini, H (2020). Deslocando o foco orçamentário do curto para o médio prazo. In Giambiagi, F., Ferreira, S. G., & Ambrózio, A. M. H. (Org.). Reforma do Estado brasileiro: transformando a atuação do governo. São Paulo: Atlas.
Wang, Q., &; Waltman, L. (2016). Large-scale analysis of the accuracy of the journal classification systems of Web of Science and Scopus. Journal of informetrics, 10(2), 347-364.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Declaro que o presente artigo é original, não tendo sido submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou em sua totalidade.
- Declaro, ainda, que uma vez publicado na revista Pretexto, editada pela Universidade Fumec, o mesmo jamais será submetido por mim ou por qualquer um dos demais co-autores, caso haja, a qualquer outro periódico.
- Por meio deste instrumento, em meu nome e em nome dos demais co-autores, porventura existentes, cedo os direitos autorais do referido artigo à Universidade Fumec e declaro estar ciente de que a não observância deste compromisso submeterá o infrator a sanções e penas previstas na Lei de Proteção de Direitos Autorias (Nº9609, de 19/02/98).
A Revista Pretexto é licenciada sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Brasil.