Epistemologia afrocentrada no ensino em publicidade

Autores

Palavras-chave:

Afrocentricidade, Epistemologia, Ensino em publicidade

Resumo

O presente artigo visa refletir, a partir de uma revisão da literatura não exaustiva, a proposição do conceito de afrocentricidade (Asante, 1980) como possibilidade epistemológica no ensino em publicidade e suas possíveis contribuições para o campo. Na maioria dos planos de ensino das Instituições de Ensino Superior (IES) as bibliografias adotadas se alicerçam na perspectiva de teorias eurocêntricas, em especial, de teóricos homens e brancos. Ao longo do capítulo, discutiremos os desafios permanentes na prática do ensino em publicidade a partir da perspectiva de Petermann (2019), a autora apresenta os principais desafios do ensino na área, são eles: “a educação para a diversidade; a transformação do mercado como consequência do ensino; a renovação dos exemplos em aula e, por fim, uma sala de aula em constante transformação” (Petermann, 2019, p. 203-204). Partindo deste contexto, reconhecemos que em algumas práticas de ensino em publicidade, ainda permanecem constantes manifestações enraizadas que fortalecem a concepções hegemônicas alocadas nas estruturas dos planos de ensino de algumas disciplinas do curso de Publicidade e Propaganda.

Biografia do Autor

Carla Beatriz David Ernesto, Universidade Federal de Santa Maria

Doutoranda em Comunicação pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) na linha de pesquisa Mídia e Estratégias Comunicacionais. Mestra em Comunicação pelo mesmo programa na linha de pesquisa: Mídia e Identidades Contemporâneas. Integra o Grupo de Pesquisa "Nós Pesquisa Criativa" (UFSM) e o Projeto de Ensino "Publicidade 50/50". Integrou o Grupo de Pesquisa: Estudos Culturais e Audiovisualidades (UFSM - 2020-2022). Graduada em Comunicação Social - Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA).  Pesquisa sobre: Escrevivência na publicidade, Epistemologia afrocentrada, perspectivas interseccionais e antirracistas na publicidade.

Juliana Petermann, Universidade Federal de Santa Maria

Doutora em Ciências da Comunicação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Possui graduação em Comunicação Social - Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal de Santa Maria (2003), mestrado em Linguística Aplicada pela Universidade Federal de Santa Maria (2006). Atualmente é professora associada do Departamento de Ciências da Comunicação da Universidade Federal de Santa Maria, professora e coordenadora do Programa de Pós-graduação em Comunicação da mesma universidade. Atua principalmente nos seguintes temas: criação publicitária, ensino de criação publicitária, criatividade, marcas e seus discursos, estratégias de significação, análise de imagens publicitárias. Coordena o grupo Nós - Pesquisa Criativa (www.nospesquisacriativa.com). Recebeu o Troféu Reconhecimento da Associação Riogradense de Propaganda no ano de 2014. Foi escolhida professora do ano, recebendo o Prêmio Destaque em Ensino na Universidade Federal de Santa Maria no ano de 2017. Em 2021, integrou a lista das 30 vozes que lutaram para mudar a indústria da comunicação, organizada pelo coletivo Papel e Caneta. Em 2022, recebeu o troféu "Professora do Ano", concedido pela Associação Riograndense de Propaganda. É autora dos livros Cartografia da Criação Publicitária (2017) e Criação Publicitária - Textos Introdutórios (2023) e coautora do livro Criação Publicitária: Desafios no Ensino (2020). Pesquisadora visitante na Universidad Nacional de la Republica (AUGM, Montevidéu, 2023).

Referências

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Publicado

11/03/25