O CAMPO ENUNCIATIVO FEMINISTA NO INSTAGRAM

CRÍTICA DO PRESENTE E BIOPOLÍTICA

Autores

Palavras-chave:

Instagram; Atualidade; Biopolítica; Discurso; Heterotopia.

Resumo

O artigo discute acerca da rede social Instagram como uma materialidade que se abre aos discursos feministas no espaço da virtualidade em um empreendimento que refrata os discursos do espaço presencial. A pesquisa visa demonstrar como o Instagram é configurado enquanto espaço heterotópico que refrata discursos feministas que emergem no espaço tópico e como esses discursos produzem um efeito de crítica do presente, alavancado pelo exercício da biopolítica. A discussão teórica que guia a problematização do tema é sustentada pela Análise do Discurso, no âmbito dos Estudos Discursivos Foucaultianos, sendo Michel Foucault a principal referência bibliográfica para o empreendimento das análises, em específico com as obras O corpo utópico: as heterotopias (2013), A Arqueologia do Saber (2008a), Segurança, Território, População (2008b), O que é a Crítica? (2015) e Microfísica do Poder (1979). A metodologia utilizada centra-se no método genealógico de análise dos discursos, com a separação de regularidades discursivas de perfis feministas do Instagram. Os resultados da pesquisa apontam para o fenômeno da refração aplicado às Ciências da Linguagem no que diz respeito à configuração do espaço heterotópico, tangenciado para o efeito de pertencimento produzido pelo agrupamento de mulheres feministas no Instagram.

Biografia do Autor

Lidiane Santos de Lima Pinheiro, Universidade do Estado da Bahia

Professora Titular do Curso de Bacharelado em Relações Públicas e do Programa de Pós-Graduação em Estudo de Linguagens-PPGEL da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Pós-Doutoranda Sênior com bolsa (Chamada CNPq No 32/2023) no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas - Poscom/UFBA, sob supervisão do Prof. Dr. Giovandro Marcus Ferreira.

Beatriz Souza Almeida, Universidade do Estado da Bahia

Mestranda do Programa de Pós Graduação em Estudo de Linguagens (PPGEL) da Universidade do Estado da Bahia (UNEB/Campus I) - UFBA.

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Publicado

11/03/25