GÊNERO E PRISÃO: O ENCARCERAMENTO DE MULHERES NO SISTEMA PENITENCIARIO BRASILEIRO PELO CRIME DE TRÁFICO DE DROGAS

Autores

  • Antonio Eduardo Ramires Santoro UFRJ UCP IBMEC/RJ http://orcid.org/0000-0003-4485-844X
  • Ana Carolina Antunes Pereira UFRJ
  • Maíra Batista de Lara Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.46560/meritum.v13i1.5816

Palavras-chave:

Encarceramento feminino, tráfico de drogas, gênero, prisão

Resumo

A população absoluta de mulheres encarceradas no sistema penitenciário cresceu de forma vertiginosa, sendo esse movimento de encarceramento irrefutável e cada vez mais consistente. Existe, contudo, uma omissão do Estado com relação ao aumento destes números. A entrada de mulheres em atividades criminosas é descrita como subordinada à participação dos homens nessas mesmas atividades. Esta ênfase retira o protagonismo e reforça a invisibilidade feminina na prática de crimes violentos e atividades ilícitas. O contexto social em que as presidiárias se encontram, bem como as discriminações relativas ao gênero que elas enfrentam dentro da prisão são fundamentais para se entender a relação da mulher com o cárcere. Sobre a mulher presa corrobora-se a ideia de que a mesma faz parte das estatísticas da marginalidade e exclusão, sendo a maioria negra, com filhos, nível mínimo de escolaridade e pobre. Não obstante, mais da metade dessas mulheres responde pelo crime de tráfico de drogas. O impulso nas condenações de mulheres por tráfico de drogas causou um aumento significativamente preocupante no número de mulheres encarceradas, passando, este, a ser considerado o crime responsável por colocar cada vez mais mulheres atrás das grades. O objetivo do trabalho será compreender como a opressão de gênero vivenciada por mulheres inseridas no sistema prisional brasileiro e o tráfico de drogas influenciam a criminalidade feminina e proporcionam aumento do percentual de encarceramento de mulheres.

Biografia do Autor

Antonio Eduardo Ramires Santoro, UFRJ UCP IBMEC/RJ

Professor Titular do IBMEC/RJ; Professor Adjunto de Direito Processual Penal da FND/UFRJ; Professor Adjunto do PPGD/UCP; Pós-Doutor pela UNlAM-Argentina; Doutor e Mestre pela UFRJ; Mestre pela Universidad de Granada-Espanha

Ana Carolina Antunes Pereira, UFRJ

Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro

Maíra Batista de Lara, Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro

Mestre em Direito pela UERJ; Assessora jurídica do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro

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Publicado

26/12/18