Estereótipos cultivados em seriados: uma análise dos enquadramentos de personagens negros em Criminal Minds

Autores

  • Elva Fabiane Matos do Valle Universidade Federal da Bahia
  • Joice Ferreira da Silva Universidade Federal da Bahia

Palavras-chave:

Estereótipos, Enquadramento, Cultivo, Seriados, Crime fiction

Resumo

Nesta pesquisa discutimos a relação entre o cultivo, o frame e os estereótipos em seriados televisivos. Investigamos o cultivo de estereótipos nos enquadramentos dados aos personagens negros durante a primeira temporada de Criminal Minds (2005-) e utilizamos uma metodologia qualitativa com análise de conteúdo. A representação repetitiva de estereótipos negativos em programas televisivos pode influenciar na percepção dos indivíduos sobre a realidade. Este estudo questiona que tipos de enquadramentos são dados nas ficções televisivas.

Biografia do Autor

Elva Fabiane Matos do Valle, Universidade Federal da Bahia

Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas na Universidade Federal da Bahia. Pesquisadora no Grupo de Pesquisa Recepção e Crítica da Imagem (GRIM) e no Laboratório de Análise de Teleficção (A-tevê). Graduada em Comunicação Social Hab. Publicidade e Propaganda pela Universidade Católica do Salvador. Graduada em BI - Artes (Cinema) pela Universidade Federal da Bahia. E-mail: elvabr@gmail.com. Lattes: http://lattes.cnpq.br/6329443464150661

Joice Ferreira da Silva, Universidade Federal da Bahia

Possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal da Bahia (2005) , atuando principalmente nos seguintes temas: relações intergrupais, percepção social, estereótipos, preconceito, discriminação, cotas universitárias e ciberespaço. Mestre em Psicologia pela UFBa (2007) na linha de pesquisa Cognição e Representações Sociais. Atualmente é doutoranda em Psicologia também pela UFBa. 

Email: joicepsi@gmail.com

Lattes: http://lattes.cnpq.br/7426596234898344

Referências

ANRONSON, Joshua; MCGLONE Matthew. S. Stereotype and Social Identity Threat. In: NELSON, Tood (ed.). Handbook of prejudice, stereotyping and discrimination. Psychology Press: New York, 2009, p. 153-178.

ARAUJO, Joelzito Almeida de. A negação do Brasil: O negro na telenovela brasileira. São Paulo: Senac, 2000.

BAUER, Martin; GASKELL, George (orgs). Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som. 9. ed. Petrópolis: Vozes, 2011.

BILANDZIC, Helena; BUSSELLE, Rick. The Perception of Distance in the Cultivation Process: A Theoretical Consideration of the Relationship Between Television Content, Processing Experience, and Perceived Distance. Communication Theory, Vol. 16, 2006, p. 333–355.

BUSSELLE, Rick; CRANDALL, Heather. Television viewing and perceptions about race differences in socioeconomic success. Journal of Broadcasting & Electronic Media, Vol. 46, N.2, 2002, p. 265-282.

BRYANT, Jennings; MIRON, Dorina. Theory and research in mass communication. Journal of Communication, Vol. 54, 2004, p .662-704.

CALZO, Jerel; WARD, L. Monique. Media exposure and viewers’ attitudes toward homosexuality: Evidence for mainstreaming or resonance? Journal of Broadcasting & Electronic Media, 2009, Vol. 53, N. 2, p. 280–299.

CARDOSO, Jorge Luiz. Cultivo mediático e suas consequências: um problema e duas propostas para análise de efeitos dos media. Contemporânea, Vol. 5, N. 1-2 (2007).

DASGUPTA, Nilanjana. Mechanisms Underlying the Malleability of Implicit Prejudice and Stereotypes: The Role of Automaticity and Cognitive Control. In: NELSON, Tood (ed.). Handbook of prejudice, stereotyping and discrimination. Psychology Press: New York, 2009, p. 267-284.

DIXON, Travis L.; Azocar, Cristina L. Priming crime and activating blackness: understanding the psychological impact of the overrepresentation of blacks as lawbreakers on television news. Journal of Communication, Vol. 57, N. 2, 2007, p. 229–253.

ENTMAN, Robert M. Framing: Toward clarification of a fractured paradigm. Journal of Communication, Vol. 43, N. 4, 1993, p. 51-58.

ENTMAN, Robert. M.; ROJECKI, Andrew. The Black image in the White mind. Chicago, IL: Universidade of Chicago Press, 2000.

GANDY JR., Oscar; BARON, Jonathan. Inequality: It’s all in the way you look at it. Communication Research, Vol. 25, N. 5, 1998, p. 505-527.

GERBNER, George. Cultivation Analysis: An Overview. Mass Communication and Society, Vol. 1, N. 3-4, 1998, p. 175-194.

GERBNER, George; et al. Growing up with television: Cultivation processes. IN: BRYANT, Jennings. JR.; ZILLMANN, Dolf. (eds.) Media effects: Advances in theory and research. 2. ed. Mahwah, NJ: Erlbaum, 2002, p. 43-67.

HART, Kylo-Patrick. We’re here, we’re queer - and we’re better than you: The representational superiority of gay men to heterosexuals on Queer Eye for the Straight Guy. Journal of Men’s Studies, Vol. 12, N. 3, 2004, p. 241-253.

HOLBROOK, R. Andrew; HILL, Timothy G. Agenda-setting and priming in prime time television: Crime dramas as political cues. Political Communication, Vol. 22, 2005, p. 277-295.

Internet Movie Database. Disponível em: http://www.imdb.com. Acessado em 30 jul. de 2015.

MASTRO, Dana E.; GREENBERG, Bradley S. The Portrayal of Racial Minorities on Prime Time Television. Journal of Broadcasting & Electronic Media, Vol. 44, N. 4, 2000, p. p. 690-703.

MORGAN, Michael; SHANAHAN, James. The State of Cultivation. Journal of Broadcasting & Electronic Media, Vol. 54, N. 2, 2010, p. 337-355.

MULLIGAN, Keneth; HABEL, Philip. An experimental test of the effects of fictional framing on attitudes. Social Science Quarterly, Vol. 92, 2009, p. 79-99.

PEREIRA, Marcos Emanoel. Psicologia Social dos Estereótipos. Editora Pedagógica Universitária: São Paulo, 2002.

POWER, Gerard; MURPHY, Sheila; COOVER, Gail. Priming prejudice: How stereotypes and counter-stereotypes influence attribution of responsibility and credibility among ingroups and outgroups. Human Communication Research, Vol. 23, 1996, p. 36-58.

QUICK, Brian. The effects of viewing Grey’s Anatomy on perceptions of doctors and patient satisfaction. Journal of Broadcasting & Electronic Media, Vol. 53, 2009, p. 38-55.

SCHEUFELE, Dietram; TEWKSBURY, David. Framing, Agenda Setting, and Priming: The Evolution of Three Media Effects Models. Journal of Communication, Vol. 57, 2007, p. 9-20.

SILVA, Ana Célia. A representação social do negro no livro didático: O que mudou? Por que mudou? Edufba: Salvador, 2011.

STANGOR, Charles. The study of stereotyping, prejudice and discrimination within social Psychology: a quick history of theory e research. In: NELSON, Tood (ed.). Handbook of prejudice, stereotyping and discrimination. Psychology Press: New York, 2009, p. 1-22.

TV Dimensions. New York: Media Dynamics, 2003.

WARD, L. Monique. Wading through the stereotypes: Positive and negative associations between media use and black adolescents’ conceptions of self. Developmental Psychology, Vol. 40, N. 2, 2004, 284–294.

WEAVER, David. Thoughts on Agenda Setting, Framing, and Priming. Journal of Communication, Vol. 57, 142-147, 2007.

WEAVER, Andrew J. The Role of Actors’ Race in White Audiences’ Selective Exposure to Movies. Journal of Communication, Vol. 61, 369-385, 2011.

Downloads

Publicado

01/07/16

Edição

v. 18 n. 22 (2016): Processos Culturais Contemporâneos

Seção

Artigos

Licença

Os direitos autorais dos artigos publicados ficam reservados à Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Fumec. As opiniões expressas nos artigos assinados são de responsabilidade exclusiva de seus autores.

A Revista Mediação é licenciada sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Brasil.