“Pensa que eu num vi?”: as presenças negras nos regimes de visibilidade e conhecimento

Autores

  • Lucianna Furtado Universidade Federal de Minas Gerais

Palavras-chave:

Rap, Relações raciais, Racismo, Cultura visual, Violência epistêmica

Resumo

Este artigo discute um trecho do videoclipe Mandume (2016), a partir das noções de metaimagem e do composto imagem-texto, aliando as contribuições dos Estudos Visuais à análise de estilo televisivo. Ao tomar a produção audiovisual do rap como fonte histórica, a proposta do trabalho é centralizar vozes e perspectivas historicamente silenciadas, evidenciando as relações entre os aspectos formais e culturais da experiência visual. O trecho analisado é o solo do rapper Amiri e a narrativa visual que o acompanha, investigando o que essa manifestação da cultura popular revela sobre as relações raciais em nossa sociedade.

Biografia do Autor

Lucianna Furtado, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Universidade Federal de Minas Gerais (PPGCOM-UFMG) e Mestra em Comunicação Social pela mesma instituição. Integrante do CORAGEM - Grupo de Pesquisa em Comunicação, Raça e Gênero.

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Publicado

26/08/19