Diversidade Padronizada

delineamentos da acorporalização midiática

Autores/as

Palabras clave:

Acorporalização Midiática, Padrão de beleza, Biopolítica, Diversidade

Resumen

Este artigo tem como objetivo discutir a representação de corpos diversos na mídia por meio de uma pesquisa exploratória, buscando identificar a existência de um possível movimento de padronização da diversidade corporal. A investigação se apoia em uma fundamentação teórica ancorada no conceito de biopolítica com o intuito de compreender os mecanismos de controle, enquadramento e hierarquização dos corpos no cenário midiático contemporâneo. Ao analisar essas dinâmicas, propõe-se identificar padrões de visibilidade e apagamento na representação de corpos historicamente marginalizados, oferecendo subsídios para a proposta do conceito de acorporalização midiática.

Biografía del autor/a

Vírnia Maria Peixoto Martins, UFF

Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense (UFF), na linha de pesquisa Estéticas e Tecnologias da Comunicação. Mestra no Programa de Pós-graduação em Estudos da Mídia, na linha de produção de sentido, pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Graduada em Comunicação Social, com habilitação em Publicidade e Propaganda, também pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Integrou, como bolsista voluntária, o grupo de pesquisa Ciberpublicidade e Sociabilidades Digitais (DECOM/UFRN) e atualmente integra o grupos de pesquisa MiDICom (Grupo de Pesquisa em Mídias Digitais, Identidade e Comunicação) na UFF. Possui experiência profissional nas áreas de redação publicitária, marketing digital e gerenciamento de mídias sociais. 

Fernanda Ariane Silva Carrera, UFRJ

Professora da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Bolsista Produtividade em Pesquisa - Nível 2 do CNPq e Jovem Cientista do Nosso Estado - FAPERJ. Professora Permanente do Programa de Pós-graduação em Comunicação e Cultura da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense (UFF). Vice-coordenadora do GT Comunicação, Raça e Interseccionalidades da COMPÓS - Associação Nacional dos Programas de Pós-graduação em Comunicação. Líder do grupo de pesquisa LIDD - Laboratório de Identidades Digitais e Diversidade (UFRJ). Doutora em Comunicação pela Universidade Federal Fluminense(UFF) com período sanduíche no departamento Advertising Public Relations da Universidade da Geórgia (UGA) pelo Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE/CAPES). Mestre em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e graduada em Publicidade e Propaganda pela Universidade Católica do Salvador (UCSAL). Autora do livro SARARÁ: Memórias de Colorismo. Pesquisa raça, gênero e interseccionalidade na comunicação e cultura digitais

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Publicado

19/12/2025