PERCEPÇÕES DOCENTES SOBRE O USO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL GENERATIVA NO ENSINO DE ENGENHARIA

Authors

  • Ronara Cristina Bozi dos Reis Universidade Federal de Itajubá - Unifei - Campus Itabira
  • Samuel dos Santos Silva
  • Wilk Diego Corcini

DOI:

https://doi.org/10.70493/cod31.v3i2.10723

Abstract

O avanço das tecnologias digitais tem transformado significativamente os processos de ensino e aprendizagem. A pandemia de COVID-19 acelerou essas mudanças, destacando a importância das metodologias ativas de aprendizagem, que promovem maior participação dos estudantes e são potencializadas pela inteligência artificial generativa (IAg). Essas metodologias favorecem a autonomia discente e a personalização das trajetórias de aprendizagem, alinhando-se com um entendimento sobre o papel do educador como mediador de experiências. Apesar dos avanços, o panorama educacional ainda enfrenta desafios, como a desmotivação dos estudantes e a falta de padronização no uso de ferramentas de IAg. A pesquisa exploratória realizada com docentes de uma universidade federal mineira revelou que 63% dos professores não utilizam IAg em suas disciplinas, enquanto 37% adotam essas ferramentas de forma cautelosa. Os usos mais comuns incluem apoio à elaboração de modelos matemáticos, redação de projetos e análise de dados. Os desafios incluem a falta de consenso normativo, preocupações com plágio e dependência tecnológica, e dificuldades em mensurar competências como criatividade e criticidade. A pesquisa destaca a necessidade de uma abordagem equilibrada e ética na incorporação da IAg, visando fortalecer práticas pedagógicas que promovam a formação de engenheiros autônomos, inovadores e éticos.

References

BARBOSA, Lucia Martins; PORTES, Luiza Alves Ferreira. A Inteligência Artificial. Revista Tecnologia Educacional, Rio de Janeiro, ano LII, n. 236, p. 16-27, jan./mar. 2023.

BATISTA, Vitor de Souza; LIMA, Ana Paula Freitas de; CAMARGO, Alexandre Santos de. Docência em transformação: desafios e potencialidades da interação entre metodologias ativas e Inteligência Artificial. Caderno Pedagógico, Curitiba, v. 22, n. 9, p. 1-19, 2025. Acesso em: 22 ago. 2025.

BONILLA, Maria Helena; PRETTO, Nelson De Luca. Política educativa e cultura digital: entre práticas escolares e práticas sociais. Perspectiva, [S. l.], v. 33, n. 2, p. 499–521, 2015. DOI: 10.5007/2175-795X.2015v33n2p499. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/perspectiva/article/view/2175-795X.2015v33n2p499. Acesso em: 22 ago. 2025.

BRASIL. Resolução CNE/CES nº 2, de 24 de abril de 2019. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 abr. 2019.

BRYNJOLFSSON, Erik; MCAFEE, Andrew. The Second Machine Age. New York: W. W. Norton & Company, 2014.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

LEE, Kai-Fu. AI Superpowers: China, Silicon Valley, and the New World Order. Boston: Houghton Mifflin Harcourt, 2018.

PRINCE, M. Does active learning work? A review of the research. Journal of Engineering Education, v. 93, n. 3, p. 223–231, 2004.

SARAIVA JUNIOR, Francisco. Transformando a sala de aula: utilizando a inteligência artificial generativa no aprendizado ativo. GVcasos, São Paulo, v. 14, n. especial, p. 1-15, jul. 2024. DOI: https://doi.org/10.12660/gvcasosv14nespecial1a16. Acesso em: 22 ago. 2025.

Published

17/12/2025