ANÁLISE DE PRÁTICAS BIBLIOTERAPÊUTICAS E SUAS APLICAÇÕES

uma revisão sistemática de literatura

Auteurs-es

  • Fernanda Farinelli Universidade de Brasília (UnB)
  • Rafael Riberio Neiva de Sousa Universidade de Brasília (UnB)

DOI :

https://doi.org/10.70493/cod31.v3i1.10701

Mots-clés :

biblioterapia, práticas biblioterapêuticas, leitura mediada, contação de histórias, revisão sistemática

Résumé

Contexto: A biblioterapia tem se consolidado como prática terapêutica aplicada em diferentes cenários, promovendo bem-estar emocional e saúde mental por meio da leitura, mediação e atividades criativas. Apesar de seu potencial, a produção científica ainda carece de maior sistematização e análise comparativa. Objetivo: Identificar e analisar as práticas de biblioterapia descritas na literatura da Ciência da Informação, destacando contextos de aplicação, públicos atendidos, benefícios relatados e a atuação do bibliotecário como mediador. Método: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura conduzida segundo as diretrizes do PRISMA 2020. A busca foi realizada no Portal OasisBR, em julho de 2024, e resultou em 77 documentos. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, nove estudos publicados entre 2019 e 2023 compuseram o corpus final. Resultados: As práticas mais recorrentes foram leitura mediada e contação de histórias, aplicadas em hospitais, CAPS, escolas, bibliotecas e contextos familiares. Essas intervenções demonstraram benefícios como redução da ansiedade, fortalecimento da autoestima, promoção do autoconhecimento e incentivo ao hábito de leitura. A escrita expressiva, embora menos frequente, mostrou eficácia em contextos introspectivos. Destacou-se ainda a relevância do mediador, com potencial para o bibliotecário assumir papel central na condução das práticas. Considerações finais: Conclui-se que a biblioterapia é uma prática interdisciplinar, versátil e de baixo custo, que articula literatura, psicologia, educação e ciência da informação. Apesar dos resultados promissores, permanecem lacunas metodológicas e a necessidade de ampliar a participação dos bibliotecários e explorar recursos digitais em futuras intervenções.

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Publié-e

21/11/2025