As narrativas além das cicatrizes
uma reflexão sobre as representações de vidas historicamente silenciadas
Palabras clave:
representação, silêncio, identidade, visibilidade, imaginárioResumen
O presente artigo propõe uma reflexão teórico-analítica, de natureza ensaística, da canção “Amarelo”, de Emicida, como ponto de partida para discutir a representação de sujeitos historicamente silenciados. Com base nos aportes teóricos de Judith Butler, Saidiya Hartman e Eni Orlandi, analisa-se a construção da visibilidade e os efeitos do silêncio e do apagamento na constituição dos sujeitos. Discute-se o meio-plágio como mecanismo de roubo de autoria, como forma de silenciamento, impactando na construção da identidade do sujeito. Defende-se, por fim, a importância de promover discursos que valorizem as vidas em sua inteireza, para além das narrativas de dor e sofrimento, contribuindo para uma representação mais justa e plural da diversidade social e criação de novos imaginários.
Citas
BUTLER, Judith. Corpos em aliança e a política das ruas: notas para uma teoria performativa de assembleia. Editora José Olympio, 2018.
FERRAZ, Maria Cristina Franco. Homo deletabilis: corpo, percepção, esquecimento do século XIX ao XXI. Garamond, 2010.
HARTMAN, Saidiya. Vênus em dois atos. Eco-Pós (Rio de Janeiro), v. 23, n. 3, 2020, p.12-33
NUNES, Mônica Rebecca Ferrari. Memória do futuro como fenômeno de imprevisibilidade em Iúri Lotman. MATRIZes, v. 18, n. 2, p. 65-86, 2024.
ORLANDI, Eni Puccinelli. As formas do silêncio: no movimento dos sentidos. Editora da UNICAMP, 2007.
SELIGMANN-SILVA, Márcio. A virada testemunhal e decolonial do saber histórico. SciELO-Editora da Unicamp, 2022.
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