ENTRE O SILÊNCIO E A RESISTÊNCIA
SIGNOS FEMININOS NA HISTÓRIA E NA CULTURA
Palabras clave:
Semiótica; Silêncio; Resistência feminina; Patriarcado; Feminicídio.Resumen
Este artigo propõe uma reflexão teórico-semiótica sobre o silêncio como signo e como gesto de resistência feminina ao longo da história, da cultura midiática e diante das violências de gênero, incluindo o feminicídio. A partir da semiótica de Charles Sanders Peirce, o texto analisa como o silêncio — imposto, assumido ou estratégico — se transforma em linguagem simbólica e instrumento ético de resistência. Ao evocar figuras como Joana d’Arc, Frida Kahlo, Simone de Beauvoir e Clarice Lispector, o estudo investiga a maneira como o patriarcado molda regimes de silenciamento e como as mulheres reconfiguram esses espaços de interdição em enunciações simbólicas. Propõe-se ainda o conceito de silêncio sistêmico, entendido como estrutura semiótica e social que atravessa corpos, instituições e narrativas, naturalizando desigualdades e perpetuando a invisibilidade, e evidenciando contextos de opressão extrema como o feminicídio.
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