O dilema dos "Direitos": a pobreza da filosofia ante a pobreza

Autores

  • Radha D'Souza

DOI:

https://doi.org/10.46560/meritum.v6i1.1065

Palavras-chave:

Deslocamento populacional. Dukkha. Desapossamento. Emancipação. Liberdade.

Resumo

O discurso dos Direitos esgotou-se, mas ainda assombra como se fosse um fantasma descarnado. Esse discurso se desenvolveu mediante uma série de conhecidos dualismos: direitos morais e direitos positivados; direitos econômicos e direitos humanos; direitos institucionalizados e reivindicação de direitos na prática; direitos nos regimes capitalista e socialista; conceitos de direitos eurocêntricos e não eurocêntricos; e discurso sobre os valores asiáticos e dos povos nativos, por exemplo. Porém, independentemente do ponto de partida para o discurso ou do referencial teórico escolhido, a tentativa de fundamentá-lo na materialidade da ordem mundial, inevitavelmente, cai em algum tipo de dilema. Entretanto, se não estiver fundamentado na materialidade contemporânea, o discurso dos Direitos perde sentido, visto que a própria ideia de Direitos está indissoluvelmente associada à sua sociabilidade. Com base na afirmação de que há extrema pobreza da filosofia ante a pobreza generalizada, explorando a relação entre esses dois tipos de pobreza mediante a investigação da relação entre deslocamento populacional e Direitos, defendese que, adotando-se um olhar externo dissociado das tradições filosóficas europeias, talvez seja possível compreender a pobreza da filosofia ante a pobreza. Mais especificamente, trabalhase com o conceito de dukkha, oriundo da tradição filosófica sul-asiática, possível solução para os dilemas dos Direitos.

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Publicado

30/06/11

Edição

Seção

Artigos