PERDÃO OU ESQUECIMENTO? O NEGACIONISMO NO DISCURSO DO STF SOBRE A LEI DE ANISTIA
DOI:
https://doi.org/10.46560/meritum.v12i2.5542Palavras-chave:
Crimes de Estado, Negacionismo, Anistia, Justiça TransicionalResumo
Historicamente, são os Estados os maiores causadores de danos às pessoas, ao meio ambiente e aos animais não humanos. Guerras, massacres, genocídios são alguns dos eventos em que as escolhas políticas determinam a abertura de profundas feridas nas histórias dos povos. Este trabalho parte do debate sobre a criminalidade do Estado para, através do conceito de negacionismo, proposto por Stanley Cohen, compreender a interpretação da Lei de Anistia pelo Supremo Tribunal Federal. Após a apresentação de uma pesquisa exploratória da bibliografia, expomos o resultado da análise de conteúdo dos votos na ADPF 153. A pesquisa conclui que, através da utilização de diversas estratégias, o STF acabou mantendo a postura clássica de negação não-literal. Trata-se da negação interpretativa, através do eufemismo e do legalismo e da negação implicatória, através do apelo a valores e do apelo ao contexto. A necessidade de realização de uma Justiça de Transição implica necessariamente na publicização da responsabilidade dos agentes, por um lado, e na obrigação ao Estado de revelar as informações necessárias à reconstrução da memória desses tempos sombrios com vistas ao futuro.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista;
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista;
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).