MONITORAÇÃO ELETRÔNICA DE PESSOAS

REFLEXÕES SOBRE O ADVENTO DA TECNOLOGIA E SUA APLICAÇÃO NO CONTEXTO BRASILEIRO

Autores

  • Maiquel Ângelo Dezordi Wermuth Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ) http://orcid.org/0000-0002-7365-5601
  • Mariana Chini UNIJUÍ - Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.46560/meritum.v17i2.8854

Resumo

Nesta pesquisa foram delineadas considerações acerca da tecnologia de monitoração eletrônica de pessoas em esfera penal, tendo como problemática o paradoxo existente no Brasil, relativo ao fato de que, ao mesmo tempo em que a medida tem o condão de oferecer maior liberdade aos apenados, também é capaz de estabelecer mais elevado nível de controle. Nesse sentido, a hipótese inicial foi a de que, apesar das possibilidades de liberdade teoricamente dispostas em torno da monitoração eletrônica de pessoas, o limiar de controle que se estabelece, na prática, supera as prometidas vantagens do instituto. Objetivando, portanto, analisar a viabilidade da hipótese, estabeleceram-se duas seções para o artigo: a primeira, relativa aos aspectos iniciais da monitoração eletrônica de pessoas em âmbito penal, bem como às possibilidades que já aparecem no horizonte de futuro da medida; e a segunda, referente à realidade do dispositivo no Brasil, levando-se em consideração a manifesta oposição entre horizontes de liberdade e fronteiras de controle. Em termos metodológicos, utilizou-se abordagem hipotético-dedutiva e conduziram-se análises bibliográfica, legislativa e jurisprudencial. A título de considerações finais, depreendeu-se a confirmação da hipótese inicial. Não obstante, propôs-se um horizonte de possibilidade para a expansão de liberdades e (re)socialização aos indivíduos monitorados, a partir da efetivação de garantias fundamentais por meio de acesso a políticas públicas.

Biografia do Autor

Maiquel Ângelo Dezordi Wermuth, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ)

Doutor em Direito Público (UNISINOS)
Professor do Curso de Direito da UNIJUÍ  e do Departamento de Direito do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
Coordenador do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu - Mestrado e Doutorado em Direitos Humanos - da UNIJUÍ
Líder do Grupo de Pesquisa Biopolítica & Direitos Humanos (CNPq)
Pesquisador Gaúcho – Edital FAPERGS nº 05/2019

Coordenador do Projeto PROCAD/CAPES “Rede de cooperação acadêmica e pesquisa: eficiência, efetividade e economicidade nas políticas de segurança pública com utilização de serviços de monitoração eletrônica e integração de bancos de dados”.

Mariana Chini, UNIJUÍ - Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

Doutoranda em Direitos Humanos pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ). Bolsista pelo Programa de Cooperação Acadêmica em Segurança Pública e Ciências Forenses - PROCAD/CAPES. Mestra na área de Novos Paradigmas do Direito pela Universidade de Passo Fundo (UPF). Integrante dos Projetos de Pesquisa: “Eficiência, efetividade e economicidade nas políticas de segurança pública com utilização de monitoração eletrônica e integração de bancos de dados”, “Eficiência e economicidade de políticas de monitoração eletrônica de pessoas no âmbito penal no Brasil” e “Estado de Direito, Sistemas de Justiça e crítica jurídica: horizontes de uma nova política”. Integrante dos Grupos de Pesquisa: “Dimensões do Poder e Relações Sociais” e “Biopolítica e Direitos Humanos”, ambos certificados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

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Publicado

08/03/23

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